O rejuvenescimento tridimensional surge como uma nova tendência no cuidado estético facial, buscando o tratamento global da face. Na prática, isso significa não mais tratar uma ruguinha ou outra, mas sim olhar o rosto em sua totalidade, considerando-se todas as técnicas disponíveis e buscando em cada uma delas a melhor indicação e benefício. O resultado é um rejuvenescimento com harmonia, naturalidade e equilíbrio facial.

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Seguindo esta tendência, também chamada de rejuvenescimento global, os tratamentos atuais combinam os benefícios da toxina botulínica tipo A, que visa relaxar a musculatura e diminuir os sulcos e vincos provenientes das rugas dinâmicas (expressão); preenchedores, aplicados nos sulcos e rugas profundas; e também os lasers, que auxiliam no tratamento da superfície e textura da pele.

– O envelhecimento natural provoca mudanças como perda de brilho, flacidez, aparecimento de manchas etc, que pioram com fatores ambientais, principalmente pela ação do sol. O tratamento tridimensional visa suprir as necessidades dessa pele envelhecida, sob o olhar da face como um todo. Este enfoque associa várias técnicas disponíveis a fim de um resultado uniforme e natural. O resultado é visível e harmônico – explica a dermatologista Helua Mussa Gazi.

Até os anos 1990 o conceito de rejuvenescimento se reduzia, essencialmente, à ausência de linhas, rugas e sulcos. A satisfação dos pacientes, a duração do efeito e os excelentes resultados obtidos com tratamentos minimamente invasivos foram determinantes para o sucesso destes procedimentos. Entretanto, o uso de cada um deles em monoterapia, ou até mesmo associados, mas em áreas distintas da face, conduzia, muitas vezes, à reduzida expressão facial, queda da pálpebra, manutenção de linhas residuais ou subcorreções.

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Gazi explica que, atualmente, a principal modificação no tratamento estético facial tem sido a troca do foco bidimensional, baseado no tratamento de linhas e sulcos, para a apreciação do conceito tridimensional, que reconhece, também, perdas volumétricas por reabsorção óssea, retração gengival e redistribuição da gordura facial como sinais do envelhecimento.

– O conceito é baseado no balanço e harmonia facial, respeitando-se gênero, aspectos étnicos e objetivos dos pacientes, permitindo resultados mais naturais, sem expressões ‘congeladas’ ou distorcidas – acrescenta.

Os três R

Segundo a dermatologista Helua Mussa Gazi, a proposta do tratamento tridimensional da pele segue os três R:

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? Renovar

Significa tratar as manchas da pele que se formam ao longo dos anos, principalmente com a exposição solar, atenuar as rugas mais superficiais e recuperar a firmeza do rosto.

– Os tratamentos mais indicados para esta finalidade são os peelings químicos ou de cristal e os lasers (pixel). Eles atuam recuperando a qualidade e a uniformidade da pele, estimulando a produção de colágeno e a recuperação celular – indica a médica.

? Relaxar

Segundo Helua, as rugas dinâmicas se formam pela ação dos músculos faciais durante a mímica facial. Portanto, para tratar estas rugas é necessário atuar nos músculos responsáveis por sua formação. A toxina botulínica tipo A é o tratamento mais indicado para esta finalidade, pois quando aplicada, atua relaxando o músculo e atenuando as rugas. O tratamento é indicado, principalmente, para os pés-de-galinha, as rugas da testa e da glabela (região entre as sobrancelhas).

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? Recuperar

Com o envelhecimento ocorre uma reabsorção óssea e subcutânea principalmente nas maçãs do rosto e menor produção de ácido hialurônico da pele.

– O resultado é a perda de volume, flacidez, alteração do contorno facial e aparecimento de sulcos (no canto e ao redor da boca e dos olhos), rugas profundas e estáticas. A aplicação de preenchedores e volumizadores é ideal para recuperar a elasticidade, redefinir o contorno facial, preencher rugas profundas e revolumizar lábios e têmporas – finaliza a dermatologista.