O começo de 2015 incita questionamentos sobre quais sinalizações governos e bancos centrais darão sobre a forma de condução das economias. Nos Estados Unidos, continua a busca pelo quadro mais transparente de como e quando será a elevação das taxas de juros.

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Na Europa, o debate continua em torno de como realizar um pacote de estímulos que retire o bloco do baixo crescimento e baixa inflação, discussão semelhante em território japonês. No Brasil, com a posse dos novos ministros, a atenção residirá em anúncios de novas medidas.

A economia americana finalizou o ano de 2014 fortalecida com indicadores apontando uma recuperação consistente, o mercado de trabalho se aproximando do pleno emprego e a inflação chegando perto de 2% ao ano.

A última reunião do Federal Open Market Committee (Fomc, ou Comitê Federal de Mercado Aberto) sinalizou que deverão ser elevadas as taxas de juros já neste ano.

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No Brasil, os números do balanço fiscal apresentaram um desempenho fraco. Tivemos o pior resultado primário em 12 meses desde 1998 e o pior resultado de déficit nominal em percentual do produto interno bruto (PIB) desde setembro de 2013 – perto de 6%.

Nesse contexto, acreditamos que o ajuste necessário será feito mais no campo fiscal (taxas, tributos, impostos etc.), conforme as primeiras medidas anunciadas. A política monetária (alta da Selic) terá papel mais limitado, posto que temos o risco de forte recessão e o desemprego começa a aparecer.

Logo neste início do ano, teremos um teste de convicção do governo ao encarar posições contrárias aos ajustes necessários. O fim do represamento dos preços administrados significa vários reajustes de tarifas, o que também gera dúvidas sobre a reação da população.

Ainda no curto prazo, ocorrerão duas batalhas no Congresso: uma em relação ao novo salário mínimo e outra em relação à correção dos valores da tabela do Imposto de Renda. Será que este início de ano será parecido com julho de 2013 em termos de pessoas protestando nas ruas?

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