A cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff terá consequências políticas e eleitorais em Santa Catarina. A primeira delas já se faz sentir na disputa para as prefeituras e câmaras municipais de outubro. Vários candidatos dos partidos que apoiaram Dilma estão sendo prejudicados na corrida eleitoral pelas posições que ocupam nas pesquisas já realizadas. Em várias cidades, candidatos do PT e do PCdoB evitam colocar o nome das siglas exatamente para não correrem o risco de desgaste político e eleitoral. A apuração do pleito vai revelar que o desgaste existiu e em que dimensão ele atingiu candidatos no Estado.
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No plano administrativo, a saber como ficará o governador Raimundo Colombo, que mantinha excelente relação com a presidente cassada Dilma Rousseff. E sempre reiterou que a apoiou na reeleição em retribuição aos financiamentos de R$ 10 bilhões para obras e serviços em Santa Catarina. Foram gestos de gratidão e reconhecimento.
Com o governo do presidente Michel Temer o cenário sofre alterações. Não é de seu partido e Colombo vai precisar, em primeiro lugar, de canais de comunicação azeitados com o Palácio do Planalto, sobretudo, neste período de grave crise econômica, que atinge dramaticamente as finanças dos Estados e municípios.
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Além disso, Santa Catarina vai precisar de interlocutores credenciados no governo Temer para retomada de obras de grande importância na vida da população, especialmente as relacionadas com rodovias, portos e aeroportos.
Outra questão que começa a merecer reflexão dos meios políticos diz respeito as eleições gerais de 2018, em que o PMDB terá efetiva presença no processo, e as influências do governo federal nos encaminhamentos no Estado.
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