A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta segunda-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 16 pessoas em uma investigação que apura um suposto esquema de falsificação de vacinas. O indiciamento é um dos diversos passos entre a suspeita de uma irregularidade e a eventual condenação dos responsáveis, ao fim do processo. As informações são do g1

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No indiciamento, o delegado avalia se há elementos e indícios suficientes para dizer ao Ministério Público (MP) que o investigado é o provável autor de um crime. Em seguida, a Procuradoria-Geral da República (PGR) avalia as provas colhidas na investigação e decide se denuncia os citados à Justiça ou pede o arquivamento do caso.

No caso de denúncia, o MP pode mudar a lista de crimes atribuídos ao indiciado para influir ou retirar itens. 

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Próximos passos na investigação 

Com o indiciamento feito pela PF, provas serão enviadas pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, à Procuradoria-Geral da República, que vai decidir se o material é suficiente para denunciar os 17 indiciados à Justiça. 

Se houver denúncia, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se torna os acusados réus, manda arquivar ou envia os casos à primeira instância. Não há prazo para que a PGR avalie o indiciamento, e nem para o STF julgar as eventuais denúncias.

Veja as fotos de Bolsonaro

Entenda

Bolsonaro e outras 16 pessoas foram indiciadas pela PF pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no caso que investiga a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.

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A lista inclui o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Cid e Reis foram também foram indiciados pelos crimes de inserção e falsificação. O tenente foi indiciado, ainda, por uso indevido de documento falso.

O crime de associação criminosa prevê pena de 1 a 3 anos, enquanto o de inserção de dados falsos em sistema de informações é de 2 a 12 anos.

Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, disse ao g1 que é lamentável a divulgação da informação, mas não comentou o teor do indiciamento. Já o irmão de Reis, Washington Reis, falou que é uma covardia o que estão fazendo com o deputado e que ele recorrerá à justiça.

Confira a lista dos indiciados pela PF

  • Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
  • Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
  • Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
  • Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
  • Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
  • Eduardo Crespo Alves, militar;
  • Paulo Sérgio da Costa Ferreira
  • Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
  • Marcelo Fernandes Holanda;
  • Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
  • João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
  • Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
  • Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
  • Célia Serrano da Silva.

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