“Mãe, eu quero um cachorrinho…” Numa semana em que os bichinhos foram alvo do noticiário por causa da invasão de ativistas às dependências do Instituto Royal, em São Roque, a chance dos pequenos fazerem pedidos assim é maior.
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Em alguns casos, acatar o desejo da criança pode resultar numa boa dor de cabeça para os pais, principalmente para quem mora em apartamentos pequenos. Os pais devem ter consciência de que, por mais que a criança deseje e prometa amar um bichinho de estimação, a responsabilidade de cuidar do animal recai sobre eles.
Especialistas orientam que, antes de adotar um animal, deve-se pesar os futuros gastos com vacina, ração e os inconvenientes que possam surgir. “É melhor negar o animal à criança do que retirá-lo de casa após uma experiência frustrada”, alerta a psicóloga clínica Ana Cássia Maturano. “É conveniente explicar os motivos que impossibilitam a convivência com o bichinho”.
Caso a situação permita, a presença do animal de estimação é benéfica para os pequenos, que podem desenvolver senso de responsabilidade e de afeto em pequenos cuidados com o bichinho.
No entanto, segundo adverte Ana Cássia, a responsabilidade pela vida de um animal não pode recair exclusivamente sobre a criança.
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“Atitudes como recriminar os filhos pelas bagunças do animal destroem os benefícios de uma responsabilidade adquirida gradualmente”, diz a especialista. “Os pais têm de admitir que um bichinho para a criança significa trabalho para eles, evitando frustrações”.