Além de hospitaleira ao turista, recebido sempre com um sorriso e a simplicidade dos moradores, Pomerode foi considerada a cidade mais igualitária do Brasil e está em sétimo lugar entre as que mais evoluíram entre 2000 e 2010. Ou seja, com base em sete indicadores – pobreza, emprego, desigualdade, alfabetização, escolaridade, juventude e violência – ela tem os menores Índices de Exclusão Social.

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A pesquisa baseada no Censo 2010, divulgado em 2013, foi publicada em 2014 no Atlas da Exclusão Social no Brasil: Dez Anos Depois e divulgada recentemente pela revista Exame. No estudo outros sete munícipios do Vale aparecem entre os 35 menos desiguais do país: Ascurra (13ª), Brusque (14ª), Botuverá (17ª), Indaial (24ª), Blumenau (26ª), Rio do Cedros (28ª) e Timbó (34ª).

– Aqui é um ótimo lugar para criar os filhos. É tranquilo, acolhedor e organizado – conta a professora Dirlei Farikoski, que há quase um ano escolheu Pomerode como lar.

Ela e o marido Diego Lopes da Costa se mudaram por conta do trabalho, em maio de 2014, e na tranquilidade da cidade criam Samuel, de um ano e dois meses.

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Segundo o prefeito de Pomerode, Rolf Nicolodelli, os moradores estão em êxtase com o título, mas o governante afirma que ainda há muito a melhorar. Pomerode tem cerca de 30 mil habitantes e alto Índice de Desenvolvimento Humano: 0,780, segundo o Atlas Brasil 2013.

– É uma emoção ser considerada a mais igualitária do Brasil. Estamos sempre em busca de melhorias e colocamos o ser humano em primeiro lugar, mas ainda é preciso mudar. Uma das nossas atuais preocupações é o aumento da violência. Estamos intensificado o trabalho nas escolas e em campanhas públicas – disse Nicodelli.

Mudanças nos últimos anos

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Pomerode (Acip), Ivan Blumenschein, considera o título uma herança da própria colonização, mas destaca a preocupação da população e do empresariado quanto às mudanças nos índices durante os últimos cinco anos:

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– Acredito que parte disso esteja ligado à história de fundação da cidade. Os imigrantes vieram dispostos a criar uma vida melhor para seus familiares e descendentes. Se quisermos manter os números positivos precisamos de uma postura ativa. Autoridades e poder público têm de estar atentos e cabe a nós e à população cobrar isto – ressalta sobre o aumento da violência e questões de infraestrutura que surgiram após forte aumento populacional.

O empresário também credita aos moradores o bom resultado na pesquisa. Para ele o fato do pomerodense ter senso de propriedade pela cidade evita o aumento de problemas sociais.

Para a moradora Edla Germer Theichmann, 77 anos, a cidade se destaca por ser ordeira, limpa e principalmente por ter um povo trabalhador. Ela que já deixou Pomerode, mas voltou há seis anos, conta que na cidade as crianças têm mais liberdade e sempre que a neta a visita faz passeios com ela pela praça e se diverte:

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– Tenho vontade de voltar para Pomerode, vivi aqui e sei que além de ser agradável a educação é destaque – ressalta Katrin Theichmann Ulrich, filha de Edla e mãe da pequena Sofia Helen de quatro anos.

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