Durante exposição na Assembleia Legislativa, o secretário de Segurança Pública, Cesar Grubba, destacou que a maior demanda da sociedade catarinense hoje é por mais efetivo policial civil e militar.
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A rigor, nenhuma novidade. O fato novo está na confissão do secretário ao admitir que os principais problemas de combate à criminalidade está na carência de policiais civis e militares.
Os números históricos são realmente assustadores. Na década de 1980, Santa Catarina tinha pouco mais de 4 milhões de habitantes. A Polícia Militar contava com um efetivo de 12,5 mil integrantes. Em 1993, Elizandro Lotin, diretor da Aprasc e hoje presidente da Associação Nacional dos Praças, entrou na Polícia Militar. A corporação, segundo informa, tinha 13 mil membros. Durante 10 anos, a partir de 1990, não foi admitido um único PM. Resultado: hoje a polícia conta com menos de 10 mil militares. E a população está perto de 7 milhões de pessoas.
Para agravar, nos últimos 30 anos, a corporação perdeu quadros em duas frentes: com o desmembramento decorrente da criação da Polícia Ambiental, da Polícia Rodoviária e autonomia ao Corpo de Bombeiros; e a multiplicação de cargos de oficiais superiores, especialmente de coronéis.
Na Polícia Civil, o drama não chega a ser tão contundente, mas também é real. Há 30 anos, a PC contava com 3,5 mil policiais, segundo o presidente do Sinpol, Anderson Amorin. Tem hoje cerca de 2,9 mil. E, mais grave: com índice de resolução baixo, consequência do modelo superado em todo o Brasil.
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Conclusão: sem reposição dos efetivos e aumento das corporações, não haverá milagre para garantir a segurança da população.