Maior surpresa do primeiro turno da eleição em Florianópolis, ao receber 14,42% dos votos, o professor Elson Pereira (PSOL) anunciou, nesta quinta-feira, neutralidade no segundo turno.

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Ele recomendou que os eleitores votem “com a consciência livre” , avaliando, inclusive, a possibilidade de anular o voto. Com o capital político de 34.599 votos na primeira eleição que disputou, Elson foi assediado pelos candidatos Cesar Souza Junior (PSD) e Gean Loureiro (PMDB).

Mas preferiu não referendar nenhum dos nomes. Confira cinco motivos que influenciaram a decisão do PSOL da Capital.

Confira cinco razões que levaram Elson e o PSOL a optar pela neutralidade.

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1 DIFERENÇAS IDEOLÓGICAS

Elson afirma que há “ortes diferenças programáticas entre ele e os candidatos que estão na disputa. Considera ainda que uma aproximação não seria compreendida pelo eleitor, e que sua campanha foi a antítese de seus adversários. Enquanto Elson afirma que Cesar e Gean fazem “campanhas de financiamentos milionários”, o PSOL gastou

R$ 11.370 no primeiro turno.

2 FUTURO DA SIGLA

Ainda sem uma estrutura partidária consolidada em Santa Catarina, o PSOL vê na neutralidade uma forma de manter sua coerência com o eleitorado que apostou em Elson. Além disso, a neutralidade pode ajudar a legenda a se organizar para lançar candidatos em 2014, consolidando a sigla como um dos principais partidos de esquerda no Estado.

3 OFERTA DE CARGOS

Assediado por Cesar e Gean, Elson confirmou que recebeu, e recusou, a oferta de assumir a presidência do Instituto de Planejamento Urbano e outros cargos. A iniciativa não foi bem recebida.

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– Convivi com esses cinco candidatos durante três meses e alguns não compreenderam que não seria um cargo público que me compraria. Isso não nos move – disse.

4 CANDIDATURA SUBESTIMADA

O PSOL entendeu que a candidatura não foi respeitada pelos demais adversários. Elson lembrou que, em debates, era comum não ser mencionado. E que seu nome só se tornou interessante pelos votos que obteve.

– Fui poupado nos debates porque estava invisível. Nossa candidatura ficou invisível para a imprensa, institutos de pesquisa e candidatos.

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5 CAPITAL POLÍTICO

Fazer acordos para o segundo turno colocaria em risco o prestígio recém-adquirido com a votação. E, como pretende colocar seu nome à disposição do partido para disputar outras eleições, a neutralidade preserva sua imagem e inibe ataques de futuros adversários.

– Quero continuar encarnando essas propostas através de uma postura ética.