A busca “incessante” de liberação de embargo administrativo de construção está entre os motivos que levaram a 2ª Vara Criminal de Joinville a aceitar o pedido de prisão preventiva do vereador João Carlos Gonçalves (PMDB).

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As interceptações telefônicas feitas pelo Gaeco também mostram o contato do vereador com o fiscal da Secretaria de Meio Ambiente Julio Cesar da Silva, também detido na operação Blackmail, desencadeada na terça. O preso em São Paulo e trazido para Joinville foi investigado devido à suspeita de receber recursos em nome do vereador.

Um encontro recente entre eles foi monitorado pelo Gaeco. Uma das situações acompanhadas pelo Gaeco foi o contato do vereador com empresários sobre futura licitação em Joinville. O Ministério Público apura se não houve tráfico de influência.

Em relação ao núcleo do fiscal, as investigações apontam que durante a fiscalização, ele orientava a contratação de pessoas ligadas a ele para auxílio profissional. Um dos indicados, preso, inclusive teria se passado por fiscal.

Há suspeita até de que parte das irregularidades apontadas na fiscalização eram inexistentes. O MP se baseou também em escutas telefônicas para fazer o pedido de prisão. Também detido, o ex-vereador Juarez Pereira teve contatos com Julio e também teria passado a fazer indicações sobre ajuda profissional.

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Tranquilidade

A decisão do juiz Gustavo Aracheski sobre as prisões foi tomada também para evitar interferências dos investigados na coleta de provas e para assegurar a tranquilidade das pessoas que seriam chamadas para depor sobre o caso. Um áudio mostraria “ameaça” de João Carlos de instalar CPI contra servidor como forma de pressão.

Acesso

Na decisão sobre a prisão das sete pessoas, foi autorizada também a quebra de sigilo dos aparelhos eletrônicos usados por eles. Foram extraídos dados da agenda telefônica, mensagens e WhatsApp. O Gaeco também teve autorização para copiar conteúdo de computadores e apreender documentos.

Quase 40

Do grupo de 77 pessoas elencadas para ser ouvidas pelo MP na apuração da Blackmail, a maioria comerciantes, perto de 40 prestaram depoimentos na quarta-feira. Os promotores querem detalhes sobre o modus operandi do grupo acusado e se não houve, além das vítimas, quem tenha se beneficiado de eventual ilegalidade.

Liberados

A Gidion obteve liminar para conseguir dar baixa em dois ônibus incendiados nos atentados de 2013 em Joinville. O Ciretran não vinha aceitando o procedimento, o que implicava em possibilidade de continuidade do pagamento do licenciamento, porque os números nos chassis não estavam visíveis.

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Ainda sem data

Havia a expectativa de retomada da segunda etapa do corredor de ônibus da Nove de Março, na área central de Joinville, logo depois das eleições. Mas o Deinfra acredita em volta somente a partir de 2017. O corredor concentra na Nove de Março o tráfego dos ônibus com acesso ao terminal central, tirando a passagem dos veículos de outras cinco ruas. A obra é do governo do Estado e depende de ajustes com a Prefeitura.

Monumento

Foi para o arquivo ontem na Câmara o projeto para a construção de monumento em homenagem a Luiz Henrique da Silveira. A conclusão foi de que não cabe aos vereadores esse tipo de iniciativa.

Reforma

O prefeito eleito de São Francisco do Sul vê como inadiável a aprovação de reforma administrativa já no início de 2017, com tentativa de corte de até 50% em secretarias e cargos. “Se isso não for feito, a população não terá mais serviços de saúde e educação”, diz Renato Gama Lobo (PSD).

Em queda

O alerta dele é motivado pela queda no repasses dos royalties do Petrobras e a estimativa de perda de R$ 4,6 milhões no ICMS por causa do índice menor. Renato também lamenta a precariedade do atendimento emergencial em São Francisco, setor onde pretende investir no início do mandato.

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Oposição

O PSDB de Joinville decidiu se manter na oposição ao governo Udo e, caso algum filiado venha a ocupar um cargo na Prefeitura, o fará em ação individual, diz o presidente Cromácio José da Rosa. Dos dois vereadores, apenas Odir Nunes (reeleito) apareceu. O vereador eleito Natanael Jordão não foi.

Líder do governo

Pré-candidato a deputado federal, assumidamente, Darci de Matos está se tornando o líder do governo Colombo na Assembleia Legislativa. O deputado já liderou o governo, mas quem estava no comando do Centro Administrativo era o peemedebista Eduardo Pinho Moreira.

Obras do Estado

A Prefeitura de Joinville quer autorização da Câmara para permitir que a ADR faça o recapeamento da rua Copacabana e a drenagem da rua Timbé. As duas vias são municipais. Os projetos foram enviados nesta semana ao Legislativo.

Os remédios em falta

Tema presente na campanha eleitoral, a falta de medicamentos fornecidos pelo governo do Estado continua causando queixas da Secretaria de Saúde de Joinville. Da lista de 75 produtos, 20 estariam em falta e 21 estariam com abastecimento abaixo do solicitado. Os demais estão com o fornecimento em dia.

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Reservas

Nova reviravolta na demarcação das quatro reservas indígenas no Norte de Santa Catarina. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a segunda instância da Justiça Federal, atendeu ao recurso da Funai e suspendeu a decisão de anulação das portarias de criação das reservas, medida tomada em julho na primeira instância.

Os riscos

A ação foi apresentada por associação dos dos proprietários de imóveis atingidos pela demarcação em Araquari, Barra do Sul e São Francisco do Sul. A Funai alegou que a anulação das portarias poderia trazer o risco de expulsão dos indígenas das atuais aldeias, além de prejuízos com os investimentos públicos já feitos pela fundação no processo de demarcação.

Associação vai recorrer

Também foi alegado que há ações de intervenção de terceiros nas áreas indígenas, como abertura de picadas, presença de gado, queimadas, retirada de placas etc. A associação dos donos já prepara novo recurso a ser apresentado à Justiça Federal.

Podem ser dois

Se Vicente Caropreso (PSDB) for confirmado na Secretaria de Estado de Saúde, Jaraguá do Sul poderá ter dois secretários – o outro é Carlos Chiodini (PMDB).

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Cobrança

Os lojistas de Joinville deverão voltar a pressionar o Estado pela maior reposição do efetivo policial. Não se sabe o que Prefeitura anda fazendo nesse sentido.

No governo

Na conversa de quarta-feira com o presidente do Solidariedade de Joinville, Lademir Schatzmann, e os dois veredores eleitos pelo partido, Adilson Girardi e Tânia Larson, Udo Döhler parabenizou pelo resultado e se disse surpreso com a eleição de dois nomes. Convidado pelo prefeito, o Solidariedade deve entrar no governo – no primeiro turno, o partido foi aliado de Marco Tebaldi (PSDB).