Uma soma de fatores contribuiu para que Florianópolis vivesse horas de caos no trânsito desta quarta-feira. Tudo começou com um engavetamento na Ponte Colombo Salles. Por volta das 15h, três ônibus colidiram com dois carros e 21 pessoas ficaram feridas. Depois, durante cinco horas, o engarrafamento chegou a 25 quilômetros entre Centro, Norte e Sul da Ilha.

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A prioridade era o atendimento às vítimas, enquanto filas intermináveis se formavam ao longo da Gustavo Richard, Beira-Mar Norte, Mauro Ramos e Hercílio Luz. Os feridos, incluindo uma criança, foram retirados dos coletivos, a Polícia Militar tentou achar espaço para a saída das ambulâncias e controlar o trânsito dos demais veículos.

O auge do congestionamento foi das 17h30min às 18h. Duas das quatro pistas da ponte ficaram interditadas por uma hora e meia.

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A última ocorrência que chegou perto do caos desta quarta-feira foi no começo deste ano, quando um caminhão betoneira com problemas mecânicos parou o fluxo sobre a Ponte Pedro Ivo Campos, sentido Continente-Ilha. A falta de combustível paralisou o veículo deixou o carro parado por mais de 5 horas, formando filas nas principais rotas de acesso à Capital.

Escoamento dos veículos foi dificultado

Subcomandante da Guarda Municipal de Florianópolis, Alex Silveira explica que a falta de previsibilidade do acidente das 15h, o horário, a quantidade de vítimas e socorristas envolvidos e o local do acidente dificultou o escoamento do trânsito. Além disso, a prioridade foi o resgate das vítimas, o que trancou ainda o tráfego com a entrada e saída de ambulâncias.

– Se fosse em uma via arterial, daríamos um jeito de contornar, mas foi justamente no destino final dos motoristas. Em 10 anos de Guarda Municipal, nunca havia visto um acidente deste tamanho acontecer em cima da ponte.

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A rota do caos

O pico do congestionamento ocorreu entre 17h30min e 18h30min desta quarta

A PM garante que o comportamento de motoristas “curiosos” contribui com a lentidão, em casos de acidente. No acidente se envolveram três ônibus das empresas Catarinense, Estrela e a terceira não foi confirmada a qual empresa pertence. A reportagem tentou contato com as empresas, mas localizou os representantes.

“Foi um acidente sem precedentes na ponte”

O tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do 4º Batalhão da PM da Capital, afirma que nos últimos anos não houve ocorrência de proporções semelhantes ao que ocorreu ontem desde as pontes de acesso a Florianópolis.

– Considerando o número de vítimas envolvidas, não tivemos nada parecido na região. Em meus anos de serviço, lembro somente de um acidente com tantos feridos, na SC-401.

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Ele garante que, por ter ocorrido em local e horário de fluxo intenso, as alterações realizadas pela PM no trânsito dos arredores evitaram uma situação ainda mais caótica.

– Foi necessário atuar com cerca de 20 policiais em motocicletas apoiando o fluxo de veículos e alguns semáforos tiveram os tempos alterados. Considerando bombeiros, enfermeiros, médicos e policiais, 50 pessoas ajudaram no resgate das vítimas e organização do trânsito na Colombo Salles, que teve duas das quatro faixas bloqueadas por pouco mais de 40 minutos, de acordo com o tenente-coronel.

Quatro dos veículos envolvidos foram retirados do local rapidamente, apenas o ônibus da empresa Estrela, que foi o mais atingido, onde estava a maioria das vítimas, permaneceu por mais tempo no local devido a problemas mecânicos.

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Veja imagens do trânsito desta quarta-feira: