Come quieto, o mineirinho. Não é solidário nem no câncer, dizem, mas é esperto, ativo, sem alarde vai atalhando pelas beiradas e faz acontecer. É assim que aparentam fazer, na fase de preparação, os times do Joinville e do Criciúma. No caso do JEC, atual campeão estadual, o início da montagem da equipe foi alentador. Abel reuniu bons nomes no setor defensivo e de proteção do meio-campo. Mas gastou mais do que devia e na hora de acertar o conjunto, deu problema. Mesmo assim, é candidado ao bicampeonato. E o Tigre também, sem ostentação, aposta no trabalho de formiguinha de Gonzaga Milioli. Deve incomodar muita gente. No Oeste Já na Chapecoense, parece que o Verdão será aquele cavalo azarão, no qual ninguém confia, mas que todos sabem que pode surpreender. A troca de direção foi muito tumultuada, não deram continuidade ao trabalho de Nazareno Silva e agora correm contra o tempo. O que o técnico Volmir Massaroca conseguir em termos de conjunto e de montagem de time, será mérito de sua capacidade individual, não de um planejamento prévio. Na Capital Pergunto aos colegas de redação e a alguns torcedores, qual time de Florianópolis está mais apto a fazer boa figura no Estadual? A reação é quase sempre a mesma, de dúvida, incerteza e hesitação. Nos lados do Scarpelli e da Ressacada, há condições de disputar o Estadual com boas chances, mas nenhum desponta como favorito. Será, com certeza, um dos Catarinenses com maior dose de equilíbrio e, no final, quem for cavalo de chegada, vencerá o páreo. O alvinegro parace contar com um grupo mais homogêneo, mais experiente, mas o trabalho de Lcgógnita, enquanto o que pode fazer o técnico Cavalo – campeão da Série C – não deve ser desprezado. Ex-atletas O Figueirense tomou a iniciativa de liberar a entrada de ex-atletas com no mínimo 18 meses de clube no Estádio Orlando Scarpelli. A medida definida em conjunto com a Associação de Garantia ao Atleta Profissional (Agap). É uma ação simpática e bem intencionada, mas que deve ser bem fiscalizada para evitar equívocos. A pior coisa que tem é o desprezo de um clube por seus ex-atletas, mas aproveitadores há por todo o lado. A questão relembra a liberação para aposentados entrarem de graça, é uma questão complexa. Cenas lamentáveis Ex-atletas barrados na porta dos estádios têm protagonizado momentos constrangedores e abomináveis. O Avaí sempre foi receptivo aos seus ex-defensores, mas o Figueira, até tomar a iniciativa descrita acima, já havia barrado nomes como Alaércio e até Albeneir, este um verdadeiro símbolo alvinegro. Acredito que atletas que fizeram história no clube merecem deferência especial, já que carregam por toda sua vida uma identificação junto à sociedade. É como se fosse uma tatuagem, indelével. Constrangimento Num jogo festivo dos 100 anos do Flamengo, na Gávea, Zizinho, que estava brigado com a diretoria do rubro-negro, e Domingos da Guia foram convidados para prestigiar uma cerimônia antes da partida. Aceitaram, participaram e, na hora do jogo, perguntaram a um dirigente: “Onde vamos ficar para assistir ao confronto?” A resposta: “Pode ficar ali atrás do gol, mesmo”. Ambos, constrangidos, retiraram-se às escondidas e foram para um sambão no Recreio dos Bandeirantes. Sábia atitude. Opostos Fonte que conhece profundamente o futebol gaúcho e catarinenense garante que o Avaí fez ótimo negócio contratando o goleiro Humberto. Trabalhador, persistente, possui um perfil absolutamente oposto ao de César Silva. Telefonema Recebo uma ligação esclarecedora de uma fonte ligada ao Avaí, que rendeu informações importantes e que pretendo trabalhar com mais cuidado na coluna da próxima segunda-feira. O futebol nunca é feito de uma verdade só.

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