O acesso para a Série A não apenas é um sonho para Avaí e Criciúma. Os dois times são candidatos a voltar à elite nacional e tudo isso por causa dos últimos jogos. Para o Leão, as últimas sete rodadas foram decisivas para isso. O clube deixou o flerte com a zona de rebaixamento e, com seis vitórias e um empate, chegou ao G-4. Já o Tigre, com três vitórias consecutivas, se aproximou do grupo de acesso e voltou a lutar por uma vaga na Primeira Divisão. Para os dois times, alguns jogadores foram importantes para essa evolução.
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Na equipe azurra, um deles é velho conhecido da torcida. Marquinhos voltou a jogar depois de nove meses se recuperando de uma lesão no joelho esquerdo. Agora, ele é o maior assistente da equipe e cumpre um papel de liderança muito importante, assim como o do técnico Claudinei Oliveira, que ainda está invicto no comando da equipe.
– O Marquinhos tem essa liderança técnica, ele exerce isso muito bem, cada um tem a sua função. Estão todos fazendo isso bem feito e esse é o grande segredo – analisou Claudinei.
O líder do Criciúma é o goleiro Luiz, que é o capitão da equipe. Mas nessas últimas partidas quem ajudou muito foi o atacante Roberto, um jogador experiente e que conhece muito bem a Série B. O que ele tem feito de diferente nos últimos três jogos foram gols e a regularidade. Antes, ele sofria demais com lesões e isso prejudicou sua sequência no time.
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Partidas de sexta-feira são fundamentais para acesso
As partidas de sexta-feira são importantíssimas para as ambições do times de Santa Catarina. Em casa, o Leão recebe o Paysandu, às 21h30min, e precisa da vitória para não correr o risco de sair do G-4. O Criciúma viajou até Salvador para enfrentar o Bahia, um adversário direto na luta pela elite. O jogo começa às 19h15min e vencer significa não apenas ultrapassar um oponente direto nessa disputa como também ficar a um ponto do grupo de acesso, afinal na sequência o time encara o desesperado Tupi, que está na zona de rebaixamento e com poucas esperanças de escapar dela.
Lideres que fazem o time azurra jogar
Antes da chegada de Betão, o Avaí vivia uma crise em campo, tanto que o técnico Silas foi demitido após a derrota para o Bahia, em casa, por 3 a 0. Mas ele não é o único atleta que conseguiu aumentar o rendimento do Leão na Série B. Marquinhos tem ajudado demais a equipe. O capitão não consegue jogar todas as partidas por causa de uma limitação física, consequência do longo período longe dos gramados por causa de uma lesão no joelho esquerdo. Mas algo que nenhuma lesão pode tirar do Galego é seu poder de liderança. Com ele em campo, a atitude do time é diferente.
Um outro jogador que já estava no clube, mas que só agora conseguiu papel de protagonista, é Lucas Coelho. O atacante demorou para conseguir uma boa fase, mas quando ela chegou o jogador assumiu a titularidade para não sair mais. Não são apenas os gols que ele tem feito, mas também sua importância tática. O atacante consegue ajudar na marcação e libera, por exemplo, M10 dessa obrigação.
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Betão
Depois de quase oito anos fora do país, o zagueiro revelado pelo Corinthians voltou ao Brasil para disputar a Série B pelo Leão. Única contratação do diretor de Futebol do clube, Joceli dos Santos, o atleta rapidamente virou titular indiscutível. Com ele em campo, o time sofreu apenas três gols e não foi derrotado. Por ter 32 anos, Betão consegue dividir com Marquinhos a liderança da equipe e é o capitão da equipe quando M10 não está no gramado. Poupado diante do Joinville por causa de dores musculares, ele retorna ao Avaí no jogo contra o Paysandu.
Marquinhos
A importância de Marquinhos vai além do campo, ele é o líder do grupo fora dele também. Principalmente em momentos tensos como o de atraso de salários. Foi ele, junto com alguns outros atletas, que conversou com a diretoria sobre a situação. Além disso, no gramado ele dá um toque de qualidade que nenhum outro jogador consegue no elenco azurra. São quatro assistências para gols. Com 35 anos, M10 é ídolo do clube, vice-artilheiro da Ressacada e participou dos outros dois acessos do Leão, sempre como protagonista. Ele conhece o caminho até a Série A como ninguém.
Lucas Coelho
O início de Lucas Coelho no Avaí foi com vaias. A torcida desconfiava do atacante. Nos poucos minutos que ele tinha chance não conseguia desenvolver seu melhor futebol, mas com a chegada do técnico Claudinei Oliveira isso mudou. Lucas virou titular e um dos principais atletas do Leão. Ele marcou cinco gols na Série B e ajuda muito no sistema tático. Seu entrosamento com Marquinhos também é importante. Os dois juntos têm jogadas ensaiadas nas bolas paradas e levam muito perigo aos times adversários.
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Discretos , mas importante para o Tricolor
A derrota para o Avaí por 3 a 0, na 24ª rodada, parecia que tinha sentenciado o Criciúma a lutar apenas por uma classificação honrosa na Série B. O G-4 ficava distante demais para que o clube lutasse pelo acesso, porém as outras equipes que brigam para subir à elite também tropeçavam e, com três bons resultados, o Tigre conseguiu voltar à disputa pela Série A. Um dos primeiros acertos foi não demitir o técnico Roberto Cavalo. Em pouco tempo, ele conseguiu acertar o time, que não tem grande desempenho, mas que consegue as vitórias. Um exemplo disso é que os atletas que mudaram a cara do time são discretos. Paulo Cezar, por exemplo, conseguiu fazer o que nenhum outro atleta do elenco tinha conseguido: suprir a ausência de Ezequiel, vendido ao Cruzeiro. Caíque Valdivia pode não ser tão goleador quanto Elvis se mostrou durante a temporada, mas ele deu consistência ao meio de campo do Tigre. Roberto é o único deles que está desde o início da competição, mas só agora consegue mostrar seu futebol.
Paulo Cezar
Jogador com passagem pelo Internacional, Paulo Cezar chegou com certa suspeita, mas não demorou para virar titular absoluto. A lateral direita tinha se tornado um problema no clube desde a venda de Ezequiel para o Cruzeiro. Ricardinho jogou improvisado por ali e Lucas Taylor não foi bem. Paulo conseguiu dar consistência defensiva à equipe. Bom no passe, ele consegue fazer a bola sair da defesa com mais qualidade. Sua experiência também ajuda neste momento de arrancada na Série B. Naturalizado chileno, ele jogou por muitos anos na Universidad do Chile.
Caíque Valdivia
Caíque Valdivia chegou gerando desconfiança na torcida do Criciúma. Isso porque ele não tinha conseguido sucesso no Náutico, adversário da Série B. Lá foram apenas cinco jogo na Segundona e depois perdeu espaço. Mas no Tigre ele não demorou para se tornar titular. Ele não é aquele meia clássico, mas tem qualidade para desequilibrar. Consegue também ajudar na marcação, o que, para o técnico Roberto Cavalo, é essencial. Além disso, marcou um dos gols na goleada por 4 a 0 sobre o Oeste, jogo que começou a arrancada dessa nova fase do time.
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Roberto
Roberto está há mais tempo no clube, mas essa é a maior sequência na titularidade que ele conseguiu no ano. O atacante está mais constante e ganhou espaço também por não estar mais sofrendo lesões, que atrapalharam o desempenho dele. Jogador de velocidade, ele também foi importante na vitória sobre o Brasil de Pelotas, a segunda nessa série de três vitórias que recolocou o time na disputa pelo acesso. Roberto marcou o gol de empate com o Brasil. Outra característica importante são as assistências. O atacante é o líder do Tigre nesse critério.