Aos 55 anos, o empresário Sérgio Azevedo Dias tem uma história de mudanças para contar. Nascido em Minas Gerais, ele foi para São Paulo com um ano de idade, onde ficou até se mudar novamente há 10 anos, desta vez para Criciúma. A última mudança ocorreu depois que um irmão dele sofreu um acidente de trânsito e Sérgio decidiu sair de São Paulo para auxiliá-lo em Santa Catarina.
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Ele comercializava esfihas na capital paulista. Por isso estranhou quando não encontrou o produto em SC. Foi assim que ele abriu, em Criciúma, um estabelecimento onde o nome explica o que ele vende.
Com uma logomarca de um libanês caricaturado e o nome Esfihão, ele se inscreveu no projeto Eu Empresário, do Sebrae-SC, para aprimorar o controle de custos, saber como melhorar a produtividade e ainda chegar mais perto do sonho de abrir uma rede de franquias. Pelo projeto, ele recebeu a consultoria de Rafael Andrade.
Logo depois de vir para ajudar o irmão e se instalar na cidade, Sérgio fazia em casa as esfihas e servia em festas de amigos. A aceitação foi crescendo até que começou a estruturar uma empresa. Para ela sair do plano das ideias e tornar-se real, o empreendedor trouxe um ex-funcionário e montou o negócio, apenas com produção no local e o serviço de delivery.
– Como os clientes queriam consumir as esfihas ainda no local, eu precisei encontrar um jeito para oferecer um espaço atrás do estabelecimento. Então abrimos o acesso ao terreno nos fundos, coloquei duas mesas plásticas e ali começou o salão, que hoje tem 25 mesas e capacidade para até cem pessoas – explica Sérgio.
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Em sete anos de empresa, o empresário chegou a ter mais dois pontos comerciais na cidade, mas que lhe deram prejuízo. Por causa dele, Sérgio precisou se desfazer de dois carros para saldar as dívidas.
Cliente virou colaborador
O atual auxiliar administrativo do Esfihão, Deinyffer Quarti, de 21 anos, era um dos clientes de Sérgio que pediu emprego em uma das visitas ao estabelecimento.
Hoje colaborador e braço direito do empresário, o jovem, que é estudante de administração, aponta a necessidade de controlar melhor os custos da empresa e saber exatamente qual o lucro do Esfihão.
– Eu percebi que poderia ajudar na empresa colocando em prática o que aprendo na faculdade. Foi assim que me ofereci para trabalhar, e agora temos o desafio de saber onde está indo o faturamento e quanto teremos para investir – conta Deinyffer.
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Sérgio administra uma folha de pagamento que inclui outros 10 colaboradores, além de Deinyffer, entre garçons, entregadores, esfiheiros e uma auxiliar de limpeza. A empresa atende a partir das 18h a pedidos feitos por telefone, Facebook e MSN. A média de produção mensal ultrapassa os 2 mil salgados.
Confira o diagnóstico e as recomendações do consultor do Sebrae-SC Rafael Andrade: