Em 2023, eu comprei apenas um game novo, o incrível The Legend of Zelda: Tears of The Kingdom. Adquiri o jogo em maio e, oito meses depois, sigo jogando o mesmo título. Fui olhar no Switch e estou com 90 horas. E sem a menor previsão de chegar ao fim.
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Tenho zero pressa. Sou dessas jogadoras que gostam de exploração, de olhar cada cantinho do mapa, derrotar cada inimigo, abrir todos os baús. Mas demora, viu.
Com um mapa ainda maior do que Zelda: Breath of the Wild, já que agora temos ilhas no céu e uma área abaixo da terra, Zelda: Tears of the Kingdom parece ser ainda maior do que o antecessor.
Eu amei Breath of the Wild e o considero como melhor jogo que já joguei. Porém, se você é um jogador como eu, que gosta de exploração, tenho certeza de que seu cérebro não vai deixar você se esquecer de que está fazendo uma escolha.
Quando você joga um game desse tamanho, está desistindo de outros. Na época em que Tears of the Kingdom ainda não tinha saído, eu já estava de olho em começar a franquia do Playstation Horizon, que tem dois jogos.
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Depois, saiu o Hogwarts Legacy e, como tenho muitos amigos que gostam de Harry Potter, fiquei muito a fim de jogar esse game. Mas não podia me comprometer com ele, já que logo ia sair o novo Zelda.
E 2023 foi o ano de Baldur’s Gate 3, um jogo que desperta demais a minha curiosidade. E este é mais um daqueles games enormes.

A verdade é que os RPGs de ação, gênero que eu adoro, têm sido muito grandes há alguns anos. Mas será que vale a pena?
Um exemplo que eu gosto de trazer é Assassin’s Creed Odyssey. Eu fechei este jogo na pandemia, com absurdas 190 horas. Dessas, eu diria que pelo menos 50 não foram lá muito divertidas.
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Está aí a grande questão desse tipo de jogo. Não adianta fazer um mapa gigante se você não tem nada de interessante para colocar. Assassin’s Creed Odyssey tem coisas muito legais, principalmente a recriação de cidades da Grécia Antiga. Mas também tem muita repetição.
Cada pedaço que você abria do mapa tinha um chefe local para derrotar, um forte, uma fortaleza, um tesouro no fundo do mar e uma tumba. Repetitivo demais. Neste caso, eu acho que valia fazer um mapa menor, só com as cidades que se destacam, ou um jogo mais linear.
No caso do Zelda: Breath of the Wild, foram 250 horas para mim. Mas eu gostei muito muito muito. Acho que ele é grande demais, mas foi muito divertido.

Porém, o cérebro não deixa de enumerar quantos outros jogos menores eu poderia jogar em 250 horas. Quantos simuladores de caminhada, ou games de ação, ou jogos antigos. Qualquer coisa que não fosse um RPG de ação.
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Não sei muito bem qual a resposta para isso tudo. Gostaria que os jogos fossem menores. Ao mesmo tempo, não vou deixar de jogar algo incrível porque é muito grande. Talvez o segredo seja escolher o game que melhor se encaixe na nossa rotina e não deixar a ansiedade de querer jogar tudo vencer.