O calendário de estreias nos cinemas brasileiros costuma reservar para os meses de verão filmes que despontam nas premiações do Globo de Ouro (dia 13 de janeiro) e do Oscar (24 de fevereiro, com anúncio dos concorrentes em 10 de janeiro).

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Entre as aguardadas produções com data de chegada por aqui já confirmadas, estão a cinebiografia do presidente americano Abraham Lincoln, dirigida por Steven Spielberg, a encenação de Kathryn Bigelow para a caçada ao terrorista Osama Bin Laden e a nova colagem cinéfila recheada de violência e humor realizada por Quentin Tarantino.

Também são muito aguardados filmes chancelados por grandes festivais, como o austríaco Amor, de Michael Haneke, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, e O Mestre, que valeu ao americano Paul Thomas Anderson o prêmio de direção em Veneza. Confira alguns dos principais destaques desta nova e promissora safra.

Django Livre

A saborosa salada de gêneros vampirizados por Quentin Tarantino agora tem como tempero o faroeste. Leonardo DiCaprio posa de vilão, no papel de um sádico fazendeiro que em sua plantação de algodão promove lutas de escravos negros. No caminho dele vão pintar os mocinhos da trama: um escravo (Jamie Foxx) que procura por sua mulher e o caçador de recompensas a quem este ajuda numa caçada com a promessa de ganhar a liberdade (papel de Christoph Waltz, que brilhou como oficial nazista no filme anterior de Tarantino, Bastardos Inglórios). Tem cinco indicações ao Globo de Ouro, incluindo melhor filme dramático e diretor. Estreia:18 de janeiro.

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Amor

As reflexões de um casal de octogenários (Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva) sobre a vida e o relacionamento valeu ao celebrado diretor Michael Haneke a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o troféu de filme do ano da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fifresci). Representa a Áustria na disputa por indicação ao Oscar de filme estrangeiro – antes, concorre nessa categoria do Globo de Ouro. Estreia:18 de janeiro.

A Hora Mais Escura

Primeira mulher a ganhar o Oscar de direção, em 2010, com Guerra ao Terror, Kathryn Bigelow encena a caçada norte-americana a Osama Bin Laden, deflagrada após o 11 de Setembro de 2001 e encerrada com o assassinato do terrorista no Paquistão, em 2011. Tem quatro indicações ao Globo de Ouro, incluindo melhor filme em drama, direção e atriz (Jessica Chastain). Estreia: 18 de janeiro.

O Mestre

Autor de filmes cultuados como Boogie Nights e Magnólia, Paul Thomas Anderson faz uma espécie de biografia não autorizada de L. Ron Hubbard, criador da Cientologia, a controversa religião que tem entre seus maiores divulgadores o astro Tom Cruise. Na trama, um perturbado veterano da II Guerra (Joaquin Phoenix, voltando ao cinema após uma pausa na carreira) vira protegido e cobaia de um líder espiritual (Philip Seymour Hoffman). Anderson ganhou o prêmio de direção no Festival de Veneza, que consagrou ainda as atuações da dupla de atores – que concorrem no Globo de Ouro. Estreia: 25 de janeiro.

Lincoln

O épico de Steven Spielberg sobre o muito reverenciado presidente americano Abraham Lincoln (1809 – 1865) lidera as indicações ao Globo de Ouro, com sete – entre elas as de melhor filme, direção e ator (o sempre impressionante Daniel Day-Lewis, na foto acima). Spielberg faz um recorte específico sobre os últimos meses de vida de Lincoln, destacando seu papel a favor da abolição da escravatura na Guerra Civil que dividiu os Estados Unidos entre 1861 e 1865. O elenco contra com Tommy Lee Jones e Sally Field, entre outros nomes. Estreia: 25 de janeiro.

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