Cresce no mundo um novo conceito de indústria, que absorve avanços tecnológicos e novos modelos de relacionamento social e é embasado na hiperconectividade, inteligência artificial, elevado grau de digitalização e de sensoriamento, entre outros. Até 2020, haverá mais de 50 bilhões de interconexões entre pessoas e objetos, gerando negócios estimados em US$ 32 trilhões. A associação desses fatores permitirá algo como a customização em massa de produtos, a mudança na forma e no padrão de consumo e a possibilidade de produção em casa. É a quarta onda da revolução industrial, também chamada de manufatura avançada, indústria 4.0 ou internet industrial das coisas.

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A plena integração da indústria ao novo modelo, entretanto, apresenta obstáculos que precisam ser superados. Há, por exemplo, a necessidade de um posicionamento coletivo sobre possíveis integrações tecnológicas e suas respectivas consequências sobre cadeias de suprimentos, necessidades de infraestrutura e legislação, além dos requisitos e restrições para desenvolvimento de recursos humanos. Incontáveis quantidades de novos produtos lançados nesse curto espaço de tempo têm levado a grandes mudanças na estrutura de relação entre empregado e empregador.

Os desafios estão também relacionados à educação profissional e à gestão de recursos humanos. Um terço das ocupações atuais, que envolvem 1 bilhão de pessoas, não existia há cinco anos. Dentro de oito anos, 65% das pessoas executarão funções que hoje não existem. Como consequência, as mudanças no mundo do trabalho exigirão novas habilidades profissionais. Competências sociais, sistêmicas e de resolução de problemas complexos serão diferencial no futuro mundo do trabalho. Este cenário exige um professor multicultural, que conheça tecnologias educacionais, presenciais ou não, e que seja reconhecido como elo essencial da cadeia do conhecimento. Por sua vez, a gestão de RH precisa transpor o modelo atual, preso a planos de cargos e salários dependentes de qualificações acadêmicas comprovadas e que ignoram competências múltiplas.

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Uma das poucas certezas que se tem é que o consumidor passa a se basear no significado da compra, sendo esta uma função da cultura e da localidade. O dia a dia evidencia que o modelo de estímulo ao consumo está vencido e as consequências precisam ser avaliadas pela indústria.