Estudo da Sociedade Brasileira de Nefrologia demonstrou que a taxa de morte entre os doentes renais crônicos aumentou 38% entre 2000 e 2010. Segundo o hematologista Selmo Minucelli, o principal motivo deste crescimento é o diagnóstico tardio de pessoas com disfunções nos rins.

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– Muitos pacientes, antes de começarem a fazer hemodiálise, nem sabem que são doentes renais crônicos e acabam sendo atendidos numa emergência – explica.

Minucelli conta que os testes de detecção, que podem ser de urina ou de sangue, devem ser realizados sistematicamente em pacientes com alto risco para a doença. São considerados fatores de risco problemas como o diabetes, pressão alta, doença renal na família, idade avançada e doenças cardiovasculares.

O médico mostra que, visando a prevenção da disfunção nos rins, existem cuidados que podem ser tomados como manter a pressão alta sob controle, fazer exame de urina para detectar proteína e exame de sangue para dosar a creatinina.

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– Mais do que ações para diagnóstico e para tratamento, é necessária a prevenção da doença – avalia.

Após o diagnóstico do problema, que leva à perda da função de filtragem dos rins, vem o tratamento, que acompanha o progresso da doença. Na fase inicial o paciente precisa fazer uma mudança na dieta. Caso o paciente tenha pressão alta e diabetes, é preciso tomar medicamentos para controlar, além de remédios para reduzir a eliminação de proteínas pelos rins. Já na fase mais avançada, vem a diálise, mais medicamentos e até mesmo o transplante renal.