A Copa acabou em Porto Alegre. Quem foi ao Beira-Rio (e mesmo quem só viu pela TV) não tem do que se queixar em termos de futebol. O estádio recebeu cinco belas partidas, dignas de um Mundial. Houve até uma emocionante prorrogação na despedida, após um 0 a 0 trepidante entre alemães e argelinos no tempo normal. Até o jogo menos badalado, o de Coreia do Sul e Argélia, encantou – e registrou o recorde de gols na Capital, seis.
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A única gafe, uma das maiores do torneio, infelizmente, foi a não execução dos hinos de França e Honduras, justo na estreia. Talvez o único que tenha ficado feliz com a situação seja Benzema – descendente de argelinos, o atacante francês não canta a Marselhesa em protesto ao que considera xenofobia da letra, que diz: “Às armas, cidadãos / formai vossos batalhões / marchemos, marchemos! / Que um sangue impuro / banhe o nosso solo.” Os versos são de 1792, quando a França estava dominada por exércitos estrangeiros, mas a expressão “sangue impuro” é interpretada como uma referência aos imigrantes e seus filhos. Polêmicas à parte, confira estatísticas e curiosidades da Copa que nós vimos de perto.
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6 continentes tiveram representantes no Beira-Rio: América do Sul (Argentina), América Central (Honduras), Europa (Alemanha, França e Holanda), África (Argélia e Nigéria), Ásia (Coreia do Sul) e Oceania (Austrália)
5 das oito seleções que vieram a Porto Alegre avançaram às oitavas. Só Fortaleza e Belo Horizonte deram mais sorte às equipes – foram seis classificadas a atuar em cada sede.
4 continuam na competição: Holanda, França, Alemanha e Argentina, que enfrenta hoje a Suíça, ainda pelas oitavas.
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3 já haviam jogado em Porto Alegre: Alemanha, Argentina e França enfrentaram a Seleção Brasileira na capital gaúcha.
2 podem chegar à final: França ou Alemanha, que estão no lado do Brasil na chave dos mata-matas, e Argentina ou Holanda, favoritas a se cruzarem na semifinal do outro lado.
1 já está na semifinal: a vencedora do duelo entre França e Alemanha, nas quartas de final, sexta-feira, às 13h, no Maracanã.
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A média de gols
Foram 22 gols em cinco partidas, média de 4,44 gols por jogo. Só a Arena Fonte Nova, em Salvador, tem média superior: 21 gols em quatro jogos, média de 5,25. A média da Copa é de 2,77 gols por partida.
Os craques de cada partida
Merecidamente, eles foram eleitos pela Fifa os melhores em campo.
1) No dia 15 de junho, Benzema só faltou fazer chover em França x Honduras. Abriu o placar com um pênalti e fechou com uma bomba. Entre uma coisa e outra, acertou de canhota (foto) uma bola na trave que correu a linha e voltou para onde estava o goleiro Valladares, e este acabou colocando-a um pouquinho para dentro – foi a primeira vez que a Fifa usou a tecnologia para validar um gol.
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2) No dia 19, Robben de uma de suas tantas arrancadas nesta Copa para fazer o primeiro gol de Holanda 3×2 Austrália.
3) No dia 22, Slimani marcou um gol e deu uma assistência em Argélia 4×2 Coreia do Sul.
4) No dia 25, Messi foi Messi: dois gols em Argentina 3×2 Nigéria, incluindo uma pintura de falta.
5) Nesta segunda, Rais M’Bolhi foi o grande “culpado” pela prorrogação: no tempo normal, operou milagres em Alemanha 2×1 Argélia.
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Quem jogou mais
Tirando Alemanha x Argélia, com 72 minutos de bola rolando entre tempo normal e prorrogação, a partida mais movimentada foi Austrália x Holanda: 57 minutos
Mas os outros jogos não ficaram muito atrás. Foram 55 minutos em Nigéria x Argentina, 54 minutos em França x Honduras e 52 minutos em Coreia do Sul x Argélia. A média da Copa está em 55,9 minutos.
Posse de bola
A campeã foi a Alemanha, com 70% contra Argélia, seguida pela França (63% contra Honduras) e Argentina (57% contra Nigéria). A Argélia ganhou da Coreia do Sul, mas teve menos posse de bola: 46%.
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Goleadores do Beira-Rio
Benzema (França), Djabou (Argélia), Messi (Argentina) e Musa (Nigéria), todos com dois gols.
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