Com uma voz potente e determinação, Rubens Daniel conquistou espaço durante sua participação no The Voice Brasil, em 2013. Ele foi um dos quatro finalistas da segunda edição e fechou a noite de apresentações decisivas com um cover da música Monte Castelo, do Legião Urbana.

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De Campina da Alegria para Araranguá; e de lá para o Brasil. Essa foi a trajetória do catarinense que acaba de lançar um EP, com três faixas: Muito Além do Mar, A Fonte e O que ficou pra Trás. A meta agora é gravar um álbum com 10 músicas autorais, que falam sobre as idas e vindas do amor.

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:: Batalha de Dudu Fileti no The Voice pode ir ao ar nesta quinta

Rubens Daniel falou sobre seus projetos, a carreira de músico, sua participação no reality show musical e também deu dicas para Dudu Fileti – único catarinense que participa da atual edição do programa, que entra nesta quinta-feira na fase eliminatória de batalhas. Confira a entrevista

Como foi sua participação no The Voice?

A participação no programa veio a somar com o que estava acontecendo. Veio dar um up psicológico para que eu não desistisse de cantar. Isso porque os projetos fora da televisão, quando você não está participando de um reality, são muitos caros e inviáveis e você precisa de um investidor. De repente, a televisão veio ajudar nessa parte também. O meu investidor fui eu mesmo indo para lá e dando a cara a bater. A participação foi essencial para que as portas se abrissem.

Você acha que essa humildade sua fez diferença?

Sim. Muita gente que participa de reality show desse tipo está ali só tomando lugar de outras pessoas. Eles não estão ali pelo sonho da música, para e ver suas músicas cantadas por outras pessoas. Estão por causa da fama ou de dinheiro fácil. Esquecem um pouco o lance musical. Eu entrei pensando justamente na razão de estar ali. Há alguns anos eu decidi cantar para viver.

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Como era sua rotina antes do programa?

Antes eu cantava em algumas bandas de baile da região, do Litoral Sul, fazia violão e voz em restaurante, eventos de casamento e aniversários… E sempre teve um público legal que acompanhava e respeitava bastante o trabalho. Só que depois da participação mais portas se abriram, assim como o campo de visão das pessoas sobre o que eu estava fazendo. É bem complicado para um músico que ama sua profissão e quer viver daquilo se sentir um coadjuvante em tudo. Quando a gente toca não sendo muito conhecido, acaba sendo um coadjuvante e não é uma atração. Poderia ser qualquer outra pessoa fazendo ali o mesmo papel, ou seja, entretendo as pessoas. O programa veio me ajudar nisso. Eu estava me sentindo um pouco estressado com isto: sair na noite, tocar, voltar e me sentir um coadjuvante, sendo que eu tinha tanta coisa para mostrar. O The Voice veio abrir essa porta para que o Brasil inteiro acompanhasse o meu trabalho.

Mas qual é a finalidade de um reality show para um músico?

Em geral seria isto: expandir o que se está fazendo a nível regional. Várias pessoas que não o conheciam, vão acabar ouvindo o seu trabalho. Quando a gente é músico e cantor, quer mostrar o trabalho para as pessoas. O programa trouxe essa realidade de conseguir trabalhar e mostrar meu trabalho para muito mais gente.

Você indicaria que outras pessoas participassem?

Claro que sim! Ele ensina a lidar com bastante coisa: com o público, com a televisão, com você mesmo. Às vezes há partes da nossa personalidade que nem conhecemos. De repente você está na frente das câmeras, mostrando realmente quem é na música. Você conhece uma parte sua que não conhecia antes, que gostaria que fosse conhecida e até então estava apagada. De repente ali ela surge com mais vontade e vigor.

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O Dudu Fileti está na fase de batalhas do The Voice neste ano. Como você já fez isso, tem alguma dica para passar?

Eu sou fã do Dudu. Ele sempre me inspirou bastante. Eu levava as músicas dele para os meus alunos de técnica vocal saberem como se canta: com vontade e com o coração. E é justamente isso que ele tem de levar para o palco, o coração dele. Ele é muito bom no que faz, um grande cantor, uma ótima pessoa. A minha dica é ele seguir o coração, não a moda. Quando a gente segue moda, acaba perdendo personalidade. Eu já o ouvi cantando Queen, por exemplo, que ele canta como ninguém. Se ele cantasse um Fred Mercury nas próximas fases, poderia se dar muito bem.