Desde quando o senhor vem pensando em implantar o transporte marítimo em Palhoça e porque escolheu focar neste modal?

Continua depois da publicidade

Ronério Heiderscheidt – comecei a pensar nele como meta há dois anos. Escolhi o tema por uma sequência de fatos. Primeiro quando chegar à Capital passou a ser um martírio, uma viagem de quase duas horas dependendo do dia. Segundo porque as outras alternativas como metros, vias rápidas, pontes entre outras já levantadas são muito caras e precisam de muito tempo para sair do papel e o transporte marítimo não. Ele é a solução mais barata, mais rápida de ser colocada em prática e tem grande funcionalidade para o usuário.

O senhor já experimentou muitos modelos de transportes marítimos? Como foram as experiências?

Heiderscheidt – fiz muitas travessias em diversos locais como no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Manaus, Paris e Londres. Foi nestas experiências que consegui derrubar o mito de que não podemos ter transporte marítimo por conta das condições da maré e dos ventos como o Sul. Estudos feitos por especialistas provam que a embarcação do tipo Catamarã é ideal para nossa baía e os barcos só não poderão fazer viagens quando os aviões também não poderão voar, ou seja, somente em situações climáticas extremas.

Continua depois da publicidade

O senhor deixa a prefeitura dentro de 50 dias e mesmo assim está investindo na ideia, distribuindo camisetas, adesivos e promovendo passeios de barco. Por que tanto entusiasmo mesmo às vésperas de deixar o cargo?

Heiderscheidt- porque quero colocar pelo menos a embarcação experimental em funcionamento até 31 de dezembro. Já temos o projeto, os pontos e sabemos qual barco fará o trajeto, falta muito pouco é só a população se engajar na ideia utilizando o serviço e os órgãos emitirem as autorizações de cessão de uso que aguardamos.

O que o senhor fará quando deixar a prefeitura depois de oito anos no cargo? Continuará acompanhando o processo e também pretende se deslocar de barco até Florianópolis?

Continua depois da publicidade

Heiderscheidt – No próximo ano pretendo fazer um curso de gestão pública e já começar a me preparar para as eleições de 2014 como candidato a deputado. Paralelo a isso minha luta pelo transporte marítimo continua, ela só termina quando ele sair do papel e pretendo usar a embarcação no meu dia a dia, por que não?

Há empresários com receio de perder passageiros do ônibus para as embarcações e será necessária integração entre os serviços. Como pretende resolver este impasse?

Heiderscheidt- Depois que colocarmos o barco experimental em funcionamento todos irão perceber que ninguém vai perder, pelo contrário eles só terão a ganhar com mais pessoas adeptas ao sistema. Os usuários irão utilizar os dois, ônibus e barco e a luta será por integrar a tarifa.

Continua depois da publicidade