A Apae de Itapema não abriu nesta segunda-feira (30) e a administração espera que as atividades sejam retomadas na quinta-feira (3). Mas quando voltar, os alunos e professores terão que se adaptar a uma rotina sem uma das colaboradoras mais entusiasmadas com o trabalho da pedagogia na educação especial: a professora Nara.
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Maria Simonara Rodrigues dos Santos, de 40 anos, morreu após ser atropelada por um caminhão enquanto andava de bicicleta, na noite deste domingo (29), no túnel da Meia Praia, sob a BR-101, no Km 150, em Itapema. Ela passeava com o marido e voltava para casa quando o acidente aconteceu. O motorista do caminhão, com placas de Ibiúna (SP), não parou para prestar socorro e foi preso logo depois em Joinville, no norte do Estado.
Nara trabalhava como professora e chegou a atuar na educação básica, mas foi na educação especial que estava realizada. O fonoaudiólogo Leonardo Sailer, que trabalhava junto com a educadora na Apae de Itapema, revela que era visível ver o brilho nos olhos de Nara na atual função, que estava há dois anos.
– Ela sempre estava feliz com o que ela estava fazendo. Quando a gente conversava, dava para ver que ela estava muito realizada em trabalhar na educação especial. Ele dizia que havia se encontrado – afirma Leonardo.
A professora, mãe de dois filhos, um de 13 e outro de 21 anos, trabalhava com os alunos de até seis anos da Apae. O colega aponta ainda que o convívio familiar demonstrava muito sobre a personalidade de Nara e que ela era muito conhecida por todos da instituição.
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– Os alunos e as famílias amavam ela muito. Hoje no velório, até ficamos impressionados com os relatos dos pais dos alunos que se mostraram muito agradecidos ao trabalho que ela fazia. Ela foi o ponto de equilíbrio de muita gente. Ninguém tinha sequer uma reclamação com ela – aponta.
A família da professora passou a madrugada toda acompanhada de diretores e professores da Apae. Leonardo aponta ainda que ainda não dá para acreditar. Para ele, a perda inesperada de Nara não se limitou apenas ao fato de perder uma colega de trabalho, mas sim ao sentimento de perder alguém da família.
– A gente na Apae se trata como se fossemos uma família, pois lá um cuida do outro. O marido dela e os filhos estão muito abalados. Dói muito. Ainda não caiu a ficha – revela o colega de Nara.
Relembre o caso:
Ciclista morre após ser atropelada por caminhão no túnel sob a BR-101 em Itapema
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