Orquestra mais antiga de SC volta aos palcos nesta quarta após três anos sem temporadas anuais

A Orquestra Sinfônica de Santa Catarina (Ossca) volta nesta quarta-feira, às 21h, aos palcos no Teatro Ademir Rosa, no CIC em Florianópolis, para uma apresentação especial do espetáculo Bravo SC. O evento celebra os 22 anos da orquestra e é gratuito: o ingresso pode ser trocado por um brinquedo em bom estado no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), no Teatro Pedro Ivo e no próprio local da apresentação.

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A data escolhida não foi por acaso: exatamente em 25 de novembro de 1993, a Ossca fez sua primeira apresentação, no mesmo teatro. A comemoração, que terá duas horas de duração e contará com 70 músicos, começa com um concerto de grandes compositores. Na segunda parte, haverá uma homenagem aos profissionais que estavam presentes na estreia, como o violista Carlos Cesar Souza e a violoncelista Nelly Péricas, além de outros que acompanham há anos sua trajetória.

– O concerto se chama Bravo SC em uma homenagem aos músicos catarinenses, sua arte e suas etnias, já que haverá um destaque para as origens mais fortes do Estado, a italiana e a alemã. A qualidade está muito boa. Os músicos estão fazendo uma música vinda dos corações – conta José Nilo Valle, diretor artístico e regente da Ossca desde sua formação.

Esta apresentação comemorativa tem patrocínio do Governo do Estado e apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e Uniesp Faculdades Barddal, que empresta parte de seu espaço para os ensaios. A nova administração prevê para a temporada 2016 uma turnê nacional com passagens por cinco capitais – Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte – além de esforços na modernização da orquestra, com investimentos em comunicação e aquisição de instrumentos musicais do naipe de percussão, especialmente para viabilizar performances incluindo um repertório contemporâneo.

– Gosto muito dessa simbiose porque populariza a orquestra. Durante dez anos, fizemos quase 150 eventos em municípios no interior do estado para expandir o alcance da orquestra e estimular formação de grupos. Eram shows muito ricos, concertos diferentes com grupos de choro, música sertaneja e gaudéria, cantores líricos e populares. Isso ajuda a gerar mais interesse pela música erudita – explica o diretor.

Orquestra mais antiga do Estado e reconhecida desde 2009 como parte integrante do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Estado de Santa Catarina, a Ossca tenta se reeguer após três anos sem temporadas anuais, falta de recursos para manter sua estrutura e polêmicas envolvendo sua saída do CIC, de onde foi despejada em 2009 por falta de contrato de uso da área.

– A Ossca está buscando estabilidade. É importante salientar que a orquestra necessita do apoio de todos para que possa fazer sua função para o bem da sociedade catarinense. Esses últimos anos foram muito difíceis, mas não perdi a vontade de deixar a Sinfônica viva – finaliza Valle.

Repertório

Hino do Estado de Santa Catarina – José Brazilício de Souza (intérprete: barítono Schäfer Júnior)

Finlandia, opus 26 (Poema Sinfônico) – Jean Sibelius

Symphony nº 8 (Unfinished) – Franz Schubert

Fanfare for the Common Man – Aaron Copland

Symphonic Dances – Edvard Grieg

Souvenir Vienense – Johann Strauss Júnior

Unter Donner Und Blitz – Johann Strauss Júnior

Nessun Dorma (ária da ópera Turandot) – Giacomo Puccini (intérprete: tenor Luiz Fernando Vieira)

Funiculi, Funicula (tarantela) – Luigi Denza (intérprete: barítono Schäfer Júnior)

Arranjo para canto e orquestra – José Nilo Valle

O Sole Mio – Edoardo di Capua (intérpretes: tenor Luiz Fernando Vieira e barítono Schäfer Júnior)

Agende-se

O quê: espetáculo Bravo SC da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina

Quando: quarta-feira (25), às 21h

Onde: Teatro Ademir Rosa, no CIC (Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5.600, Agronômica, Florianópolis)

Quanto: gratuito. O ingresso pode ser trocado por um brinquedo em bom estado nas bilheterias do CIC e dos Teatros Álvaro de Carvalho e Pedro Ivo. As entidades beneficiadas serão a Associação de Voluntários de Saúde do Hospital Infantil Joana de Gusmão (Avos) e a Casa da Criança do Morro da Penitenciária