Em entrevista coletiva no final da tarde desta segunda-feira, o ministro do Esporte, Orlando Silva, negou as denúncias publicadas na revista Veja desta semana em que um policial militar preso em 2010 o acusa de montar um esquema de corrupção e receber propina.
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Silva classificou a reportagem como “mentirosa”, baseada em “fontes bandidas”.
– É inaceitável que mentiras cuja fonte seja bandida possam ter a repercussão que tiveram. Não é possível que um criminoso, desqualificado, preso, acusado em ações penais do Ministério Público, se converta em fonte da verdade – disse.
O ministro voltou a afirmar o que disse no último sábado. De acordo com ele, não há provas para qualificar a denúncia.
– Não houve, não há e não haverá nenhuma prova dessas mentiras faladas por esse criminoso. Porque os fatos não correspondem a verdade – afirmou.
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Na entrevista, o ministro confirmou que na manhã desta segunda-feira encaminhou um pedido de apuração à Polícia Federal e protocolou um ofício na Procuradoria-Geral da República para que seja investigado pelas denúncias da revista Veja.
Ministro entrará com ação na Justiça
Orlando ainda afirmou que dará todos os esclarecimentos na Comissão de Ética do governo. Na tarde desta terça-feira, às 14h30min, o chefe da pasta dos Esportes será ouvido em uma reunião das comissões de Turismo e Desporto e Fiscalização e Controle, ambas da Câmara dos Deputados.
Ainda nesta semana, o ministro informou que vai impetrar ação penal por calúnia e ação civil por dano moral contra os que, nas palavras dele, “armaram uma trama farsesca”.
– Vou até o último recurso judicial possível para defender a minha honra.
Orlando recebeu PM uma vez
Na coletiva, o ministro afirmou que recebeu apenas uma vez o policial militar João Dias Ferreira, que o acusa de receber propinas em contratos firmados na pasta. O encontro ocorreu quando Silva era secretário-executivo, a pedido do então ministro, Agnelo Queiroz, atual governador do Distrito Federal.
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– A única vez que encontrei este caluniador foi no Ministério do Esporte. Eu era secretário-exceutivo do Agnelo, que me recomendou que recebesse e firmasse convênio – declarou.
De acordo com o ministro, a conversa com o policial militar ocorreu entre o final de 2004 e o inicio de 2005. Os convênios com a associação de João Dias e a federação brasiliense de Kung Fu, presidida por ele, foram firmados em 2005 e 2006.
Orlando afirmou que o convênio foi celebrado devido a “experiência da entidade” em um trabalho social na cidade de Sobradinho. Ele disse acreditar que o pedido feito por Agnelo em favor das entidades de Dias foi de “boa fé”.
– O governador do Distrito Federal é pessoa correta. É uma pessoa bem intencionada, defende o interesse público. É uma pessoa que agiu de boa fé. Acreditou nas intenções, nas atitudes manifestadas por algumas pessoas. Quero acreditar nisso.
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* Com informações da Agência Estado