Origem da dinamite encontrada em lixo no Bairro Coqueiros, em Florianópolis, será rastreada pelo Exército

O relatório da Polícia Militar sobre as duas bananas de dinamite encontradas intactas nesta quinta-feira, em horários e locais diferentes no Bairro Coqueiros, em Florianópolis, foi encaminhado para o Exército.

Responsável por autorizar o uso deste tipo de artefato no país, o Exército poderá rastrear a dinamite com base na numeração gravada nas emulsões.

A existência dos explosivos no lixo do bairro ainda é um mistério para a polícia. O serviço de inteligência da PM está levantando informações e a Polícia Civil deverá ser comunicada para tentar descobrir de quem eram os artefatos e porque estavam no lixo.

Explosivos tem sido utilizados por assaltantes especializados em detonar caixas eletrônicos, em Santa Catarina, nos últimos dois anos. De acordo com um investigador experiente da 4a DP da Capital, responsável pela área, não há este tipo de criminoso nas favelas da região.

As duas bananas encontradas nesta quinta-feira por moradores da região, perto de duas favelas com forte presença da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) são da marca Orica, modelo Senatel Pulsar. Cada uma pesa cerca de 200 gramas, o suficiente para explodir um caixa eletrônico.

O PGC já sofreu um prejuízo grande com a apreensão de explosivos, em dezembro de 2012, em São Francisco do Sul quando uma quadrilha da facção foi presa pela Polícia Civil com 258 bananas, uma das maiores cargas de dinamite já apreendidas em SC.

Nesta quinta-feira, o primeiro artefato foi achado por um morador num lixão em frente à favela Ilha Continente, por volta das 8h15min. O homem recolheu o explosivo e o levou até embaixo do viaduto da Avenida Almirante Tamandaré. O morador acionou a PM, que isolou a área até a chegada do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

A segunda banana foi encontrada por volta das 13h30min, por uma moradora da região, numa lixeira da Comcap, em frente ao cemitério, perto da favela do Morro da Caixa.

Os explosivos foram recolhidos pelo Bope para posterior detonação, uma vez que em nenhum dos casos havia qualquer tipo de preparo para acionamento. O capitão do Bope, Emerson Fernandes faz um alerta.

– Se alguém encontrar dinamite deve acionar imediatamente a Polícia Militar e em hipótese alguma tocar no material. Porque se estiver preparado para detonação, pode explodir somente com a pressão das mãos – observou o capitão.