Os órgãos ambientais e as defesas civis do Paraná e de Santa Catarina já iniciaram a vistoria e contenção dos produtos químicos perigosos que vazaram no rio Pirizal, afluente do rio São João, entre os municípios de Garuva e Guaratuba. A água foi contaminada na sexta-feira (6) por diesel e Osmose 33 – inseticida altamente corrosivo, usado exclusivamente para preservação de madeira. Os danos ambientais ainda são calculados, mas inúmeros peixes e camarões de água doce foram encontrados mortos nas margens do curso d’água.

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Os produtos químicos vazaram após um acidente que envolveu três caminhões, que transportavam o óleo e o fungicida, no km 675,189 da BR-376, na Serra que liga os estados de Santa Catarina e Paraná. O solo por onde os líquidos escoaram também sofreu danos e foi a partir dele que os produtos alcançaram o rio.

Depois do desastre, a Defesa Civil dos dois estados, em conjunto com órgãos e institutos ambientais, Polícia Militar Ambiental e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), começaram a executar planos de ação para evitar maiores danos. Neste domingo (8) ao menos 200 quilos de peixe, como Lambari e Piava, além de crustáceos, foram recolhidos mortos da água.

A área foi isolada e foi emitido um comunicado de alerta à população ribeirinha do rio São João para que não utilize a água até que a situação seja normalizada. A proibição se estende ao consumo, banho ou pesca e ainda não há previsão para retomada das condições de uso. O alerta é importante porque, em contato com as pessoas, o inseticida pode causar irritação na mucosa, além de problemas nas vias respiratórias.

Também foram feitas bacias de contenção no perímetro atingido pela carga perigosa e o produto passa por sucção a vácuo. Há ainda barreiras absorvíveis de contenção do local do acidente até a ponte sobre o Rio São João, em Garuva. Quanto ao solo contaminado, foi feita raspagem no local. As medidas são para evitar que a contaminação no Pirizal se estenda ao longo do rio principal.

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As ações contam com atuação de empresas especializadas em operação conjunto para minimizar os impactos do acidente. Participam dos trabalhos a equipe de gestão de risco da Autopista Litoral Sul, que administra a BR-376, e técnicos da contratada ‘WGRA’, de emergência ambiental, que lidera os trabalhos de recuperação do rio.

Já as empresas transportadoras do material tóxico foram notificadas e, conforme o coordenador Regional da Defesa Civil, Antônio Edival Pereira, podem ser responsabilizadas e até multadas em decorrência do derramamento.

O próximo passo será a realização de análise laboratorial para indicar a situação da qualidade a água e monitoramento do rio. Quando houver resolução a população local será informada.

O acidente: