A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira a criação de uma unidade global para responder ao zika vírus e expressou o temor de uma propagação da epidemia para África e Ásia.

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— Criamos uma unidade de resposta global, que reúne todos os funcionários da OMS na sede e nas regiões, para examinar a resposta formal à doença — afirmou um dos especialistas da organização com sede em Genebra, Anthony Costello.

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Muitas vozes desejam que a OMS atuem com velocidade máxima, ainda mais depois que a própria organização admitiu ter reagido com lentidão à epidemia de Ebola, que afetou nos últimos anos vários países da África ocidental. Costello, pediatra e especialista em microcefalia, afirmou que a nova unidade vai tirar “todas as lições aprendidas com a crise do Ebola” para enfrentar de maneira rápida o zika vírus e as malformações e problemas neurológicos atribuídos à doença. O médico insistiu na importância de uma ação rápida e destacou que não existe razão alguma para acreditar que a epidemia ficará limitada à América Latina, onde até o momento mais de 20 países registraram casos.

— Nos preocupa que isto se propague a outras zonas do mundo, onde a população não é imune, e sabemos que os mosquitos portadores do zika vírus estão presentes na maior parte da África, em áreas do sul da Europa e em muitas partes da Ásia, em particular no sul da Ásia — disse.

As autoridades da Tailândia anunciaram nesta terça-feira que um homem contraiu a doença. O arquipélago africano de Cabo Verde também informou a existência de dois casos locais. A situação também preocupa a Europa e a América do Norte, onde foram identificados dezenas de casos importados por pessoas que viajaram para a América Latina.

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*AFP