A partir do dia 30 de julho, Florianópolis volta a ser a casa do tênis no Brasil, com a quarta edição do Brasil Tennis Cup (BTC). Neste ano, a competição terá 10 atletas que estão no top 50 do ranking da WTA e 13 que também estarão na Olímpiada do Rio de Janeiro. Por causa dos Jogos, a decisão do BTC será em uma sexta-feira, dia 5 de agosto, às 11h. A expectativa é de que a decisão seja entre duas jogadoras olímpicas, afinal o torneio de Santa Catarina será uma espécie de treinamento de luxo para aquelas que estão garantidas no Rio 2016.

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Com 10 atletas no top 50, a edição deste ano do Brasil Tennis Cup será a mais forte de todas desde que o torneio começou a ser disputado em 2013. A competição volta para as quadras roxas da Federação Catarinense de Tênis (FCT), que fica na Avenida Beira-Mar Norte em Florianópolis.

– Tradicionalmente, quando o torneio foi na FCT, a entrada era franca nos dois primeiros dias. No ano passado, quando foi no Costão do Santinho, não cobramos ingressos. Neste ano, será diferente: vamos pedir, em troca das entradas, quilos de alimentos não perecíveis e agasalhos para a campanha do agasalho para serem distribuídos em instituições de caridade. Tenho certeza que isso dará a chance de mais pessoas acompanharem o nosso torneio – explicou Rafael Westrupp, que é presidente da FCT, diretor executivo da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e do BTC.

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Expectativa por uma top 20

Grandes tenistas já estiveram nas quadras do Brasil Tennis Cup, como a ex-número 1 do mundo Venus Williams, na primeira edição, e Garbiñe Muguruza – atual número 2 do ranking e finalista em 2014 do BTC. Porém, existe a chance de, neste ano, a competição ficar ainda mais forte. Isso porque algumas tenistas podem pedir para a WTA para jogar em Florianópolis para se ambientarem para a Olímpiada.

É difícil de falar em nomes, mas a italiana Sara Errani e a espanhola Carla Navarro – que já esteve no BTC – são algumas das atletas que se enquadram nas condições para participar do Brasil Tennis Cup e do Rio 2016.

– Mais importante do que ter uma top 10 ou 20 é a evolução que aconteceu no tênis feminino brasileiro. Quando começamos a intensão do Jorge Lacerda (presidente da CBT), que foi o idealizador de trazer de volta um torneio WTA para o Brasil, era de que em 10 anos tivéssemos uma campeã no Brasil Tennis Cup e isso aconteceu já na terceira edição. Além disso, quando o torneio começou a nossa atleta melhor ranqueada era a número 294, hoje temos a Teliana que é número 88 e uma evolução grande com as outras meninas — finalizou Westrupp.

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Entrevista

Presidente da FCT, diretor executivo da CBT e do Brasil Tennis Cup

Pela primeira vez em um torneio de WTA, a final será em uma sexta-feira. Por quê?

Isso é até inusitado, realmente será a primeira vez que terá uma final de WTA em uma sexta. Isso é por causa dos Jogos Olímpicos, que terá o início do torneio de tênis no dia seguinte à nossa final. E uma decisão pela manhã permite que as atletas finalistas possam participar da noite de abertura da Olimpíada.

São 13 atletas do BTC que estarão no Rio 2016. A lista pode aumentar?

Pode. Nós temos direito a dois convites para o torneio e a WTA mais um. Se eles não usarem, podemos usar esse convite também, que chamados de wild card. Jogadoras que são do top 20 e queiram vir para Florianópolis têm até o dia 27 de julho para solicitar a WTA. Então, podemos ter novidades até lá.

E já houve contato de alguma delas?

Não, ainda não. Tivemos pedidos de atletas top 60 e 70. Mas isso fica a nossa critério, de aceitar. Vamos aguardar.

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Por que o Brasil Tennis Cup ficou tão propício para quem vai aos Jogos Olímpicos?

Além de ser uma competição a nível do mar e com condições climáticas semelhantes a do Rio de Janeiro, nós reformamos as quadras da Federação Catarinense e deixamos elas com a mesma velocidade que as do Rio. No ano passado teve o evento teste e estive junto. Aproveitamos para copiar essas questões das quadras.

Esse ano o torneio está muito mais forte, com 10 entre as top 50.

Verdade. Em termos de nível técnico, com certeza é a edição com mais musculatura do que as anteriores. Além disso, teremos duas ex-campeãs do torneio: a Teliana Pereira, que vai defender o título, e a romena Monica Niculescu, que foi a nossa primeira vencedora. Um nível técnico alto e que, acredito, nos trará bons jogos.