Enquanto grupos e bailarinos de todo o Brasil (e alguns do exterior) roem unhas de ansiedade pela divulgação da lista dos selecionados para as mostras Competitiva e Meia-ponta do 35º Festival de Dança de Joinville, a Mostra Contemporânea já conhece suas atrações. De 22 a 29 de julho, se apresentarão a Cia. Auto-matismos (CE), com a coreografia homônima; João Paulo Gross (GO), com “O Crivo”; Cia. Híbrida (RJ), com “Escute! — Performance Urbana” e “Non Stop”; e a companhia espanhola Cielo Raso, com “Tormenta” (foto). Três dos cinco espetáculos serão mostrados no Teatro Juarez Machado, às 17 horas, com ingressos a R$ 24. Os demais ainda não têm locais definidos e serão gratuitos.
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Frase
“Foi o cinema que sempre me atraiu, principalmente os filmes mudos. Eu frequentava os museus de arte e comecei a ver os filmes mudos, os do Chaplin, os italianos, os do Griffith (D.W.Griffith, um dos precursores do cinema). (…) Me interesso por filmes que interpretam o Brasil. Em todos os filmes que tentaram entender o Brasil, trabalhei com paixão.”
Nelson Xavier, em entrevista para a revista Carta Capital, em 2015. Um dos grandes atores deste País, ele se consagrou no cinema — apesar de ter feito muito teatro e TV — com clássicos como “Eles não Usam Black-tie” (1981), “Vai Trabalhar, Vagabundo!” (1973), “Dona Flor e seus Dois Maridos” (1973) e “Lampião e Maria Bonita” (1982), além de ter vivido o médium Chico Xavier em dois filmes. Em 1978, ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim por “A Queda”, de Ruy Guerra. Nelson morreu na madrugada de ontem, aos 75 anos, vítima de câncer.
Dança
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O Movimento Artístico Patricia Dalchau (MOA) faz do Teatro Juarez Machado, hoje, palco de uma experiência conjunta dos 12 bailarinos do grupo. Imersão traz fragmentos de cada um deles para mergulhar na relação com o mar, o amor e a fé, transformada em coreografias de balé, contemporâneo, hip-hop e jazz. O espetáculo começa às 20 horas e os ingressos custam R$ 20 (inteira).
Vídeo
Um dos poucos, senão o único artista de Joinville a apropriar-se da videoinstalação como principal plataforma de expressão, Nilton Tirotti abre hoje nova mostra no Sesc local. “Partilha da Imagem” fica até 30 de junho com um conjunto de três telas que sugere que a percepção de determinada paisagem varia de acordo com o ambiente e o movimento com que é observada.
Mix de ideias
As influências de grafite, design e moda do artista Julian Gallasch, de Florianópolis, apontam para a pop art, como verão os visitantes da exposição Vestígios, que será inaugurada hoje e fica até 18 de junho no Shopping Mueller. São 14 quadros que se conectam entre si pela linguagem gráfica, resultado de pinceladas rápidas, detalhes geométricos e traços expressivos. Natural para quem é formado em design de produto e já trabalha com ilustração, estampa e grafite.
Confira outras notas do colunista Rubens Herbst.
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Tempos difíceis
Uma história de amor e de sofrimento que tem como cenário uma das mais sangrentas batalhas da 2ª Guerra Mundial. Esse é, em resumo, do que trata “Um Verão Dentro do Inverno” (Editora Chiado), que a ex-professora e psicopedagoga de Joinville Nara Nalú lança hoje, às 19h30, na Livrarias Curitiba do Shopping Mueller. A narrativa da escritora, porém, se desenvolve ao longo de 329 páginas, nas quais elementos históricos e fictícios se misturam para contar a saga de uma família para superar o sofrimento, a fome e a perda ocasionados pelo conflito em Estalingrado, na antiga União Soviética.
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Triângulo amoroso
Outro pequeno filme nacional (com coprodução portuguesa e russa), sem atores globais, youtubers ou comediantes, entra em cartaz em Joinville nesta quinta-feira. Trata-se de “Vermelho Russo”, dirigido por um tal Charly Braun, que toma por base uma experiência real vivida pelas atrizes Martha Nowill e Maria Manoella. As duas interpretam a si mesmas, duas atrizes brasileiras que se mudam para Moscou para estudar o célebre método de atuação de Constantin Stanislavski. Além das dificuldades da vida em outro país, elas se envolvem com um diretor de teatro e veem a amizade ser afetada.