A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira o orçamento deste ano eleitoral sem ter de enfrentar o desgaste de vetar artigos aprovados, em dezembro, pelo Congresso Nacional. Resta, agora, fazer os cortes necessários, que podem chegar a R$ 70 bilhões.
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A sanção da peça orçamentária pela presidente já era esperada porque todos os pleitos que implicavam aumento das despesas públicas foram barrados pelo governo, com a liberação de cerca de R$ 300 milhões em emendas parlamentares.
Após a sanção, a equipe econômica agora se prepara para cortar despesas – uma operação que precisa chegar a R$ 70 bilhões, para cumprir a meta estabelecida para pagamento de juros.
Dentre as concessões feitas pelo relator-geral do Orçamento, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), para garantir a aprovação da peça está o aumento de R$ 3,4 bilhões para R$ 3,9 bilhões da previsão de recursos para compensação dos Estados exportadores prejudicados com a Lei Kandir.
Além disso, ele elevou de R$ 900 milhões para R$ 1,4 bilhão a verba do seguro agrícola e reforçou em R$ 170 milhões os investimentos para o Rodoanel em São Paulo. O deputado liberou ainda R$ 50 milhões para demandas de investimentos das bancadas do Ceará, Minas Gerais e Paraíba.
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