Os opositores venezuelano Leopoldo López e Antonio Ledezma, que se encontravam em prisão domiciliar, foram enviados à prisão comum porque supostamente planejavam fugir e devido a suas declarações de teor político, informou o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

Continua depois da publicidade

“Recebemos por fontes da inteligência oficial informação que devam conta (sic) de um plano de fuga desses cidadãos, pelo que e com a urgência do caso, foram ativados os procedimentos de resguardo correspondentes”, assinalou o TSJ em uma nota de imprensa.

López e Ledezma, os presos mais emblemáticos da oposição venezuelana, foram retirados de suas residências na madrugada desta terça-feira por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), de acordo com o TSJ, depois que foi “verificado o não cumprimento das condições impostas para que permanecessem sob prisão domiciliar”.

“As condições impostas a López não permitiam que fizesse nenhum tipo de proselitismo político, isto em razão da Sentença Definitivamente Firme que pesa contra ele, que tem como pena adicional sua inabilitação política pelo tempo que durar a pena imposta”, indicou o TSJ.

Continua depois da publicidade

No caso de Ledezma, prefeito de Caracas, tinh “a obrigação de abster-se de emitir declarações ante qualquer meio”.

Os dois opositores publicaram vídeos em que pediam aos venezuelanos que não votassem na eleição de domingo passado de uma Assembleia Constituinte, convocada pelo presidente Nicolás Maduro, por considerá-la uma fraude.

Nos vídeos também convocaram o prosseguimento dos protestos que exigem a saída de Maduro, após quatro meses de manifestações que deixaram 125 mortos.

Continua depois da publicidade

* AFP