A oposição venezuelana anunciou que voltará às ruas no próximo sábado (8), após o violento protesto desta quinta-feira (6) contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas.

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“No sábado, o dobro de gente que saiu hoje tem de estar nas ruas da Venezuela (…). O povo não está fazendo nada errado, salvo exigir seus direitos”, declarou o vice-presidente do Legislativo, Freddy Guevara, em entrevista coletiva.

A manifestação desta quinta-feira reuniu cerca de 10 mil pessoas e, segundo o prefeito do município de Chacao, deixou 19 feridos. No estado de Anzoátegui, no leste do país, uma pessoa ficou ferida a bala, completou.

Maduro informou que 30 pessoas foram detidas.

Os opositores protestaram contra duas sentenças, por meio das quais o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) assumiu os poderes do Parlamento na semana passada e retirou a imunidade dos deputados.

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Parcialmente anuladas no sábado (1º) após forte pressão internacional, as sentenças levaram a coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) a tentar reconquistar as ruas.

Na mesma coletiva, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles afirmou que a oposição manterá os protestos até que sejam respeitadas as competências da Assembleia, que se aceite as doações internacionais de remédios e alimentos, que se liberte “presos políticos” e que se estabeleça um cronograma eleitoral para superar a crise política e econômica.

“Este é um país onde não há alimentos, nem remédios, mas há bombas”, criticou, referindo-se à chuva de gás lacrimogêneo lançada pela Polícia e pela Guarda Nacional nesta quinta, junto com jatos d’água e balas de borracha, para dispersar a multidão.

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