A oposição venezuelana interpretou como uma “declaração de guerra” a convocação da maioria chavista no Parlamento para sessões extraordinárias visando eleger uma dúzia de magistrados do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) antes da posse na nova Assembleia, no dia 5 de janeiro.

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“Péssima mensagem esta declaração de guerra da moribunda AN (Assembleia Nacional) com a designação de candidatos expressos para o TSJ violando a Constituição e as leis”, escreveu o deputado reeleito Henry Ramos Allup, porta-voz da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Nesta terça-feira, quando termina o período ordinário de sessões, o presidente da Assembleia e número dois do governo, Diosdado Cabello, anunciou a prorrogação do período legislativo.

A Assembleia Nacional debaterá nos dias 22 e 23 de dezembro para “eleger os magistrados, que serão empossados no mesmo dia”, disse Cabello.

“É um processo irregular pretender no último minuto designar autoridades quando há uma nova realidade política no país”, afirmou o líder opositor Henrique Capriles, estimando que o governo ignora a Constituição.

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A MUD assumirá o controle da Assembleia Nacional de 165 cadeiras com maioria de dois terços (112), acabando com 16 anos de hegemonia chavista.

ggo/lr