Os líderes dos partidos de oposição ingressaram, ainda na noite desta terça-feira, com uma representação na Corregedoria da Câmara para a abertura de investigação das denúncias feitas durante a discussão da Medida Provisória (MP) 595, conhecida como MP dos Portos. A oposição quer saber se há indícios para uma eventual sindicância ou inquérito.

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As denúncias foram feitas pelo líder do PR, deputado Anthony Garotinho (RJ), na semana passada. Durante o debate da matéria em plenário.

– Esta MP esta cheirando mal, como disse alguém aqui. Não está cheirando mal, não. É podre! Não a MP original que veio: eu me refiro ao que foi produzido aqui – disse Garotinho na ocasião.

O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), declarou que seu partido não tem condições de votar a MP depois das denúncias que foram feitas durante a discussão da matéria.

– A MP é importantíssima para o país, mas vem com vícios que sabemos quais são. O que ocorre é que agora o PSDB não se sente mais à vontade porque não sabe o que está votando – disse.

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Assinam a representação, além de Carlos Sampaio, os líderes do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), e do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).

Na manhã desta terça-feira, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), garantiu que a votação da MP dos Portos ocorrerá ainda nesta terça-feira. Ele ressaltou, porém, que deverão ser aprovados destaques alterando o texto desejado pelo governo. A MP perde a validade se não for aprovada até quinta-feira no Senado.

O comentário foi feito quando Alves chegava para participar da abertura da conferência sobre liberdade de expressão que aborda os 25 anos da Constituição Federal, que está sendo realizada hoje na Câmara. Além da emenda aglutinativa do líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), deverá ser apresentada outra emenda aglutinativa para tentar diminuir o número de destaques. Até agora já foram apresentados 28 destaques.