O processo de impeachment de Carlos Moisés, aberto na quarta-feira na Assembleia Legislativa, traz à tona a falta de apoio político do governador. Líder da oposição e relator da CPI dos Respiradores, o deputado estadual Ivan Naatz, em entrevista ao Notícia na Manhã desta quinta-feira, na CBN Diário, citou que o momento vivido na Alesc, sem base de apoio ao governo, é ruim para todos.

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– É um governo que está completamente desgastado. Não se pode fazer política sem oposição e governo, por exemplo, e aqui não tem governo, só tem oposição na Assembleia. Isso é ruim para a democracia, ruim pra Santa Catarina. Eu sou o líder da oposição, se eu apresentar um projeto de lei que invabilize o governo, hoje, eu aprovo. E isso é ruim porque ninguém vai levantar a mão para defender o governo – disse.

Naatz também comentou sobre os motivos que levaram o impeachment a ser aberto na Alesc, por conta do pagamento de R$ 9 milhões para equiparação salarial de procuradores do Estado aos procuradores da Alesc, que seria ilegal. Como exemplo, o deputado citou o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef.

– O governador vetou a verba de equivalência, ele fez um veto a esse Projeto de Lei, dizendo que a Assembleia estava interferindo e depois ele fez o pagamento. É um negócio que não existe. Tem fato determinado, pré-estabelecido, não é um processo sem pé nem cabeça. Isso associado ao isolamento político, é mais ou menos parecido com o que aconteceu com a presidente Dilma. Que crime ela cometeu? Nenhum. A Dilma não cometeu crime nenhum e perdeu o mandato. Por quê? Ela perdeu a sustentação política. Se no momento em que o governador fez o pagamento de uma equivalência salarial de R$ 9 milhões sem lei ou sem autorização judicial, ele cometeu um crime de responsabilidade – explicou Naatz. 

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