Pelo menos 47 corpos de mulheres e crianças foram encontrados na cidade síria de Homs (centro), resultado de um “massacre” atribuído pelos militantes da oposição às forças do regime de Bashar al-Assad e pela televisão oficial síria a “grupos terroristas”.

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– Os corpos de pelo menos 47 mulheres e crianças foram encontrados nos bairros de Karm al-Seitum e Al-Adauieh, alguns deles degolados e outros esfaqueados pelos Shabiha (milícias do regime) – afirmou Hadi Abdallah, militante local da Comissão Geral da Revolução Síria, que exibiu um vídeo como prova da acusação.

Segundo Abdallah, “membros do Exército Sírio Livre [ESL, formado por militares dissidentes] conseguiram transportar os corpos para o bairro de Bab Sebaa, considerado mais seguro”. Assim, conseguiram filmar os corpos.

– Algumas vítimas foram degoladas com facas, outras apunhaladas, outras, sobretudo as crianças, foram atacadas na cabeça por objetos cortantes. Uma menina foi mutilada e algumas mulheres foram violentadas antes do assassinato – disse Abdallah.

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– Os Estados que apoiam o regime são cúmplices de seus atos e crimes – afirma o Conselho Nacional Sírio (CNS) em um comunicado, em referência a Rússia e China, que respaldam o regime de Assad e bloquearam duas resoluções da ONU de condenação à repressão. A televisão estatal, no entanto, acusou “grupos terroristas armados” de terem “sequestrado cidadãos em bairros de Homs e filmado para provocar reações internacionais contra a Síria”.

Centenas de famílias abandonaram os bairros de Homs, especialmente Karm al-Seitum, durante a madrugada, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que tem sede na Grã-Bretanha.