Há uma angústia no ar, um espectro que ronda. Uma sensação de que depois de tantos anos, o atual modelo de cidade, baseado no carro, não é capaz de nos trazer felicidade e qualidade de vida. Também não queremos mais esperar, esperar, esperar? discursos vazios de políticos do século passado que já não nos representam e não percebem o poder das redes e movimentos sociais que surgem em busca de alternativas. Pessoas dispostas a colocar a mão na massa, de construir uma nova cidade, mais democrática, sustentável, prazerosa e saudável.
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Estamos confusos, sentimos aquele vazio no estômago e a falta de propósito. A sensação de sempre estar atrasado e não dar conta
Convergência é a palavra do momento, onde pessoas, movimentos, tecnologias, ideias, ações concretas e a internet vão às ruas para co-criar esta cidade que sonhamos, baseada na qualidade de vida do ser humano vivendo em sociedade. Morar perto do trabalho, andar de bicicleta, transporte coletivo barato, confortável e eficiente, trabalhar e estudar nas praças, parques e cafés da cidade, caminhar, dançar e viver espaços públicos de qualidade, bem projetados, tendo as pessoas como foco.
Nossas instituições ainda pensam e agem baseados nos valores e princípios do século passado. Precisamos construir e implantar o novo, novas ideias, um novo cidadão, nova política, um novo modelo para novas necessidades e expectativas. Estamos confusos, sentimos aquele vazio no estômago e a falta de propósito, a sensação de sempre estarmos atrasados e não darmos conta das coisas num ritmo desumano.
Estamos prestes a iniciar uma nova etapa na história das cidades
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Esta nova sociedade, economia e cultura é uma semente que está sendo cultivada por uma série de movimentos e grupos que atuam em rede e em sinergia. Em cidades como Blumenau, Florianópolis, Palhoça, Joinville e Itajaí pessoas se juntam para fazer a diferença, botar a mão na massa. “Minha Blumenau”, “Minha Garopaba”, “ABC Ciclovias”, “Acolher a Praça”, “Impact Hub Floripa”, “Acupuntura Urbana”, “Inovablu”, “Sinergia Urbana”, “Inovafloripa”, co-workings, núcleos de inovação de várias associações comerciais e industriais, universidades.
É uma tendência que aponta para a convergência que estamos prestes a viver. As mídias sociais e ativismo digital, assim como as novas tecnologias, incluindo a internet das coisas, têm um papel determinante nessa mudança, e não apenas de mobilização, mas de ampliar o alcance do debate sobre qual modelo precisamos e queremos.
Com esse novo arsenal digital e tecnológico e o protagonismo crescente das novas gerações, que já nascem conectadas e buscam um propósito de vida, estamos prestes a iniciar uma nova etapa na história das cidades. As pessoas, suas necessidades e expectativas e a convivência em espaços públicos de qualidade estarão no centro do debate. Cidades inteligentes e inovadoras para as pessoas. Precisamos. Acreditamos. Vamos fazer.