Sofro de refluxo gástrico há mais de 20 anos, o músculo da boca do estômago não trabalha direito, sinto muita dor e desconforto. Sou viúva, pensionista e tive de parar de fazer mesmo trabalhos leves por causa da dor que me ataca. Em fevereiro de 2010, fui encaminhada para fazer cirurgia no Hospital São José. Dizia o médico que não tinha outro jeito. Espero a cirurgia até hoje.
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Fui duas vezes ao hospital e sempre me disseram que havia casos mais graves na frente. Em 2010, cheguei a fazer todos os exames necessários. Hoje, eles não valem mais. Teria que fazer tudo de novo para passar pela cirurgia. Nesses três anos, meu problema piorou. O remédio omeprazol, que eu ganhava de graça no postinho do Morro do Meio, onde moro, não faz mais efeito. Tive de passar para o exoprazol 40 miligramas, que é mais forte e não é dado de graça. Gasto R$ 200 por mês com ele e preciso de ajuda de uma filha para pagá-lo.
Minha preocupação é que o problema vire algo pior. Minha mãe morreu de câncer no esôfago, por um problema bem parecido, há dois anos. Ela estava com 75 anos. É problema hereditário, parece. Não tenho como pagar uma cirurgia pelo sistema privado. E fora a demora na cirurgia, há muita troca de médico no postinho, o que dificulta um acompanhamento correto da doença.
Gostaria que a saúde fosse mais rápida, que a gente não tivesse que correr o risco de piorar para algo ser feito. Pelo que a gente vê, mesmo tendo dinheiro e podendo pagar, acho que ainda assim já há demora. Acreditava também que com as mudanças de governos a coisa mudasse, mas continuo esperando.
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