Ao longo dos últimos anos, uma série de empresas totalmente novas e diferentes tem surgido. O que seus modelos de negócio subjacentes têm em comum é que elas operam na economia colaborativa.
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O cenário econômico global passa por uma transição. Constata-se que está em andamento uma nova prática dos consumidores: o colaborativo. Denota uma reinvenção do modelo tradicional de relacionamento econômico, não somente o que estamos consumindo, mas também a forma com o qual consumimos. O termo “consumo colaborativo” surgiu em torno do ano 2000, simultaneamente ao maior acesso das novas tecnologias pela sociedade, ao crescente aumento da população mundial, à preocupação com a sustentabilidade e o esgotamento de recursos materiais, que inspiraram novas estruturas de negócios.
A economia colaborativa pode tomar uma variedade de formas, incluindo o uso de tecnologia da informação para conectar indivíduos, corporações e governos com informação que permite a otimização dos recursos através da redistribuição, compartilhamento e reutilização de excesso de capacidade em produtos e serviços. Colaborar, compartilhar ou cooperar não significam agir em favor do coletivo e abrir mão da própria individualidade.
Uma importante característica da economia colaborativa é o retorno ao mercado local. Robin Kalin, criador do site Etsy, argumenta que “o artesanato não é uma mania, mas, sim, um ressurgimento”. Etsy se define como uma empresa da comunidade global que conecta empreendedores criativos e compradores à procura de produtos únicos.
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Mas como tudo isso de fato afeta a nossa vida nas cidades? Amsterdã foi considerada a primeira experiência de cidade colaborativa na Europa. As práticas apresentadas em Amsterdã foram fruto da união entre empresas e governo que resultou no chamado “Amsterdam Sharing City”. Para eles, uma “cidade inteligente é uma cidade em que a infraestrutura e soluções sociais e tecnológicas facilitam e aceleram o crescimento econômico sustentável.
Em nossa cidade a cocriação, os espaços coworking, cooperativismo entre outros termos estão presentes em nosso cotidiano. As plataformas de streaming estão aos poucos ganhando mais mercado e se tornando a forma mais popular de consumo de música atualmente substituindo o mercado tradicional. O carro compartilhado já é uma realidade em algumas cidades brasileiras.
A colaboração não é apenas uma tendência e tampouco um ponto reacionário à recessão. É uma onda socioeconômica que está transformando a forma como as empresas pensam sobre suas proposições de valor. A sociedade começa a sair do transe de consumo em que viveu nos últimos 50 anos e impulsionando pela mudança de valor. As comunidades estão buscando maneiras de tirar mais daquilo que compra ou já possui.
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Estamos vivendo um ponto de virada da busca de “o que tem aí para mim?” para “o que tem aí para nós?”.