Há alguns meses voltei a utilizar o transporte coletivo e fui surpreendido de maneira positiva. Na época ainda residia no bairro Floresta, na zona Sul da cidade. Do Centro até o destino final, no terminal do Vera Cruz, o percurso era feito em cerca de 20 minutos, mesmo dentro do horário de pico da cidade. O tempo era menor do que o gasto de carro e comprovava a eficiência do corredor de ônibus ao longo do trecho inicial da rua Santa Catarina. Só a partir do binário com a rua Barra Velha, e o fim da faixa exclusiva, é que o tráfego se tornava lento para os coletivos.
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Isso contribuía para uma experiência positiva, apesar da superlotação dos veículos. Infelizmente, a experiência trocou de polaridade quando mudei para o João Costa. Aqui, o transporte passa necessariamente pela rua Monsenhor Gercino, desprovida de corredor e repleta de filas. Isso torna o trajeto muito demorado até o terminal do bairro Itaum. O tempo de viagem varia de 40 até 50 minutos, dependendo da passagem “ilustre” do trem.
A superlotação também é problema na rota. O cenário é um alerta para a desigualdade no desenvolvimento da cidade e de como isso impactou diretamente na mobilidade urbana. Além disso, é atestado de urgência para obras e debates nesse sentido.