(Foto: NSC Total)

O mundo está mudando numa velocidade como nunca visto antes. Temos uma ideia do que estamos vivenciando quando lembramos que o telefone levou 75 anos para chegar a 50 milhões de pessoas, o rádio, 38 anos, a televisão, 13, a internet, 4, o iPhone, 3, o Instagram 2 anos e o Pokémon Go apenas 15 dias.

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O sucesso de ontem no mundo dos negócios não é garantia do sucesso de amanhã. Isso porque as empresas são como todo o ser vivo: nascem, crescem, chegam a sua maturidade e entram na curva da morte. Nos dias atuais, a concorrência pode vir de todos os lados desafiando os modelos atuais, alterando a forma como vivemos, como nos relacionamos, como consumimos. Isto tudo impulsionado pelas novas tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Blochchain, criptomoedas, entre outros.

Um dos grandes dilemas das empresas estabelecidas é conseguir manter o equilíbrio entre o presente para obter os melhores resultados e criar o futuro a partir de inovações que não trazem resultados no curto prazo, já que é um mundo de incertezas. Porém, sem inovação sua empresa não estará no futuro. Mas, muitas vezes, a inovação é vista como algo inalcançável e uma "matéria" apenas para os gênios.

Então, como inovar?

De acordo com Larry Keeley, evidências apontam que equipes disciplinadas que utilizam métodos eficazes para inovar obtêm resultados 10 ou mesmo 20 vezes melhores do que as normas atuais. A inovação é um esporte de equipe e não uma área de domínio de gênios raros ou de alguns poucos escolhidos.

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Mas o que é inovação?

De acordo com Curtis Carlson, é a entrega de um novo valor para o cliente com o modelo de negócios sustentável para a empresa. E como buscar inovar? A partir da utilização de metodologias e processos que colocam o cliente no centro de tudo para entender suas necessidades e validar as hipóteses de negócios com o objetivo de reduzir as incertezas desta jornada.

Inicie o processo, identificando problemas e oportunidades para serem resolvidos. Tim Brown afirma, por meio da sua metodologia Design Thinking, que para identificar os reais problemas e solucioná-los de maneira mais efetiva, é preciso abordá-los sob diversas perspectivas e ângulos.

Assim, defende a importância de priorizar o trabalho colaborativo entre equipes multidisciplinares, que trazem olhares diversificados e oferecem interpretações variadas sobre a questão e, assim, soluções inovadoras. Com os problemas identificados, descreva as hipóteses de negócio para resolução do problema identificado.

Com estas hipóteses desenhadas, você só irá validar se fizer o que a metodologia de Customer Development idealizada por Steve Blank prega: GET OUT OF THE BUILDING – Saia do prédio e fale com o seu cliente. O erro mortal é acreditar que você sabe quem são seus clientes, o que eles precisam e como vender para eles antes mesmo de saber suas opiniões e expectativas de um novo produto ou serviço. Para ter sucesso, os empreendedores precisam transformar essas suposições em fatos o mais rápido possível, saindo do prédio, perguntando aos clientes se as hipóteses estão corretas, e mudando rapidamente aquelas que estão erradas.

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Para isso, faça o que a metodologia Lean Startup, idealizada por Eric Ries defende: trabalhe em ciclos curtos. Crie, meça os resultados, aprenda e vá para o próximo ciclo. Foque sempre no “must have”, aquilo que é fundamental e deixe o “nice to have” (o que eu gostaria de ter) para depois.

Inovação não nasce de um dia para outro, é um processo, precisa de ambiente, pessoas voltadas para isso e persistência. Comece hoje, para ter certeza que você permanecerá no mercado amanhã. Use metodologias, equipe multidisciplinares, fale com seu cliente e acredite que inovação está ao alcance de nós, simples mortais.

*Com colaboração de Silvia Marafon, CEO da Cianet