Vivemos tempos nefrálgicos em nosso país, decorrentes da falta de conhecimento político e de consciência do povo brasileiro na hora de comparecer às urnas. Não raras vezes, sequer lembramos em quem votamos no último pleito eleitoral. A amnésia eleitoral é decorrente da nossa falta de comprometimento com a sociedade.
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Eis que preferimos não atrair a responsabilidade do maldado voto e das consequências que este traz para a sociedade. Mas cumprir promessas, atualmente, não é nossa pior mazela. A pior delas é a falta de respeito, de ética, e principalmente de dignidade, com que os nossos escolhidos têm trabalhado a administração do dinheiro público. O que estamos vivenciando hoje é a consequência do voto dado no passado sem qualquer critério e sem a análise do histórico político deste candidato.
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Brasileiro vota em média 27 vezes ao longo da vida
Portanto, não se duvida que tudo o que estamos vendo na televisão e que nos revolta todas as manhãs diante do noticiário nacional é resultado das nossas escolhas. Estes políticos não estariam agindo da forma que agem senão fosse pelo nosso voto. Praticamente assinamos uma procuração em branco e outorgamos a eles todos os poderes de fazer e desfazer, em total desacordo com o que esperamos de pessoas honestas e probas.
Com efeito, diante de tantos escândalos e da evidência de inúmeros desvios de comportamento, infelizmente o que vem prevalecendo é o jogo de poder. Referido jogo pode ter seu final decretado e sepultado se o eleitor brasileiro tiver a consciência de que o seu direito ao voto tem valor e que dele todos nós colhemos as consequências.
Fato é que devemos diligenciar e fiscalizar cotidianamente a trajetória dos nossos escolhidos, como também, antes mesmo de votar, devemos analisar a trajetória de vida deste candidato, melhor dizendo, se o mesmo é ou não ficha limpa. Estamos fartos de sermos enganados, de não termos uma educação satisfatória, um atendimento digno na rede pública de saúde e um transporte público eficiente.
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Momento favorece mudanças
Neste cenário é certo que a crise é, antes de mais nada, uma oportunidade de mudança, ocasião em que o povo brasileiro precisa se unir e colocar nas cadeiras públicas pessoas honestas, dignas e comprometidas como seu semelhante – e não consigo mesmo e com seus comparsas de golpe.
Assim, de extrema importância que saiamos do nosso casulo, da nossa zona de conforto, pois precisamos ter a consciência de que o resultado de uma escolha malfeita é o quadro de crise moral e ética que visualizamos hoje ao nosso redor e que tanto nos envergonha e entristece.
A hora é esta, a mudança virá pela importância e consciência que depositaremos no voto daquele candidato que foi previamente analisado e pesado pelo eleitor.
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Texto: Luciane Regina Mortari Zechini
Presidente da Subseção da OAB em Jaraguá do Sul
SOBRE A CAMPANHA
A campanha multimídia Vote Consciente é uma iniciativa liderada pelo Diário Catarinense e pela OAB Santa Catarina, com a adesão dos demais veículos da RBS no Estado, e que tem o objetivo de alertar o eleitor catarinense sobre o papel decisivo de cada um na decisão que sai das urnas.
Com a proximidade de mais uma eleição municipal, em 2 de outubro deste ano, a campanha bate forte na tecla da responsabilização do eleitor, convocando todos os cidadãos a refletirem sobre a maneira como encaram a política em suas cidades, no Estado e no país.
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