Um caso incomum aconteceu na noite desta quarta-feira, durante a partida entre Fluminense, de Joinville, e Operário de Mafra, pela terceira rodada do returno do Campeonato Catarinense da Série B. Após ser derrotado na Arena Joinville por 2 a 1, a equipe de Mafra voltou ao vestiário e percebeu que vários pertences de jogadores e dirigentes tinha sido furtados.

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Em entrevista à reportagem de “A Notícia“, o técnico do Operário, Edmar Heiler, relatou que celulares e tênis foram furtados. Ele não soube precisar a quantidade, mas informou que todas as bolsas dos atletas foram abertas. Segundo Edmar, sobrou, em tese, só os tênis de menor valor e celulares bloqueados.

— Fizemos um boletim de ocorrência, mas o que me chama a atenção é a quantidade de erros que foram cometidos. Ficamos muito assustados. Poderia ter alguém armado ali? E aí, como seria? — indagou Edmar.

O treinador ainda culpou o Fluminense, a polícia militar e a administração da Arena Joinville pelo ocorrido.

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— Não entendo como nenhum policial ou segurança viu isso. É uma falta de responsabilidade enorme de quem realiza o jogo e administra o estádio — completou.

A reportagem procurou o presidente do Fluminense, Anelísio Machado, que admitiu o fato e disse que também procura respostas para o caso incomum.

—Infelizmente, isso aconteceu. Estamos procurando respostas também, mas ficamos muito tristes porque temos uma boa imagem e nunca imaginávamos que algo assim poderia acontecer. Os portões dos fundos da Arena estavam fechados, os muros são altos, há câmeras ali. Estamos em busca das imagens para entender o que houve — explicou.

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A administração do estádio é feita pela Secretaria de Esportes de Joinville (Sesporte). O secretário da Esporte, Amarildo João, soube pouco antes do contato da reportagem. Ele informou que está em contato com a segurança terceirizada do estádio para encontrar as imagens e os responsáveis pelo furto.

O Procurador Jurídico da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rodrigo Capella, não tinha informações sobre o assunto, mas confirmou que o caso pode parar no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SC) e render punições ao Fluminense por não oferecer segurança para a realização da partida. Não há nenhum registro do caso na súmula da partida.

O capitão Daniel Screpanti, do 8º Batalhão da Polícia Militar (que esteve no jogo), afirmou que a PM só zela pela segurança de atletas, treinadores, árbitros e torcedores. Segundo ele, a PM não tem nenhuma responsabilidade sobre os pertences das equipes que ficam nos vestiários. Para Screpanti, este cuidado deve ser feito pela administração do estádio.

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