Diante da redução de operações e de receitas, as operadoras aéreas da América Latina querem apoio dos governos para compensar as perdas. O pleito e os desafios durante a pandemia do novo coronavírus foram apresentados em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (16) pela Associação Latino-americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta).
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Segundo estimativas da associação, deve haver uma queda de 25% do tráfego de passageiros em março. Neste mês, a perda de passageiros pode chegar a 10 milhões no comparativo com o mesmo mês do ano anterior. Contudo, pelo balanço da entidade, Brasil e México operaram em patamar “quase normal”. A Alta também projetou as perdas em receitas para a região, que diante da pandemia devem alcançar até os US$ 18 bilhões.
Um problema adicional derivado do cancelamento de voos e do ajuste das operações é a demanda de resolução dos cancelamentos, como medidas de reembolso, de crédito ou de remarcação.O diretor executivo da Alta, Luis Felipe de Oliveira, apresentou as demandas do setor para mitigar as perdas decorrentes dessa redução significativa de operações.
– O que se pede é postergação para que não tenhamos que pagar de imediato ligado a custos governamentais, de prorrogar os pagamentos para reduzir o impacto no caixa das companhias aéreas – ressaltou Oliveira.
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O setor também deseja que as regras trabalhistas sejam flexibilizadas. O intuito é poder demitir trabalhadores durante um período e recontratar parte depois, quando a atividade voltar a um nível melhor.
– São trabalhadores especializados. Um piloto de avião, por exemplo, não vai ser caminhoneiro. Queremos uma exceção temporal de pagamentos ou encargos sociais para que tenhamos como ter essa mão de obra para que possa voltar a trabalhar – defendeu o diretor executivo.