A Operação Fuzil, na qual a Polícia Federal prendeu 11 pessoas por tráfico internacional de drogas somente na terça-feira, elevando o número para 32 nos últimos nove meses, é um trabalho que não pode parar, diz o procurador da República em Lages, Nazareno Jorgealém Wolff. Ele lembra de outras operações de sucesso realizadas na Serra Catarinense e que resultaram na considerável redução de crimes que, até pouco tempo atrás, eram considerados comuns na região.
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Nazareno cita a Operação Gerião que, em junho do ano passado, levou oito pessoas para a cadeia, suspeitas de comandarem, de Lages, uma quadrilha de traficantes com ligações até fora do Brasil; e a Operação Ana Maria que, em novembro de 2010, resultou na apreensão de 20 veículos e na prisão de 14 pessoas envolvidas com o contrabando de cigarros e eletroeletrônicos.
– O contrabando, por exemplo, reduziu muito aqui na região. São operações exitosas e que precisam continuar -, diz o representante do Ministério Público Federal em Lages.
Tão logo a Polícia Federal conclua os trabalhos a respeito da Operação Fuzil, Nazareno vai cuidar de cada caso e, por ter acompanhado as investigações desde o início, acredita que deverá denunciar à Justiça Federal todos os suspeitos identificados e presos.
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Sobre o esquema de tráfico internacional, o procurador da República lembra que no Brasil não se produz pasta-base de cocaína, e normalmente a mercadoria vem do Paraguai. A origem geralmente não é identificada, mas a droga entra no Brasil pelas fronteiras com o país vizinho e chega a Santa Catarina pelo Litoral e até pelo interior, se espalhando rapidamente pelo Estado.
– Em alguns casos, os presos conseguem controlar os seus pontos, seja por telefone, dentro dos presídios, ou se valendo de pessoas soltas para cumprir as suas ordens -, conclui Nazareno Wolff.