A Polícia Civil está nas ruas na manhã desta terça-feira (5) para cumprir 22 mandados de buscas e outros cinco de prisão em uma investigação que apura fraude à licitação e desvio de dinheiro público no Samae de Blumenau. Além das ordens judiciais, houve também o sequestro de bens dos investigados no valor de R$ 1,5 milhão e três servidores da autarquia, incluindo o presidente, foram afastados do cargo.

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A polícia informou que, em março de 2021, o Samae de Blumenau realizou licitação para contratar empresa para roçada e limpeza das áreas externas dos imóveis da autarquia. A investigação aponta que houve fraude ao caráter competitivo da licitação, pois três empresas agiram para impedir a participação de outros concorrentes e direcionaram o procedimento para a empresa vencedora.

Após vencida a licitação, essa empresa superfaturou os serviços de roçada e limpeza geral, informando metragens que chegaram a superar até o triplo do tamanho do imóvel, de acordo com a polícia. Estima-se que a empresa lucrou indevidamente cerca de R$ 100 mil ao mês. A Justiça sequestrou veículos e imóveis no valor de R$ 1,5 milhão para ressarcir os cofres públicos, caso se confirme a prática criminosa.

Contraponto

A prefeitura de Blumenau disse que ficou sabendo da operação da Polícia Civil no Samae através da imprensa. Frisou ainda que quando tiver mais detalhes do ocorrido, irá se manifestar de forma oficial. “Vale ressaltar que uma das diretrizes do governo é a transparência e, caso comprovada a ilegalidade, os responsáveis responderão de forma administrativa”, diz a nota.

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