A Operação Et Pater Filium, que já prendeu três prefeitos no Planalto Norte de Santa Catarina, deflagrou mais uma fase na última sexta-feira (19) em Canoinhas. Na ocasião, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 60 veículos, entre carros, caminhões e máquinas pesadas, foram apreendidos.
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As ações foram autorizadas pela Justiça após uma nova denúncia da 3ª Promotoria de Justiça de Canoinhas e do Grupo Especial Anticorrupção (Gaeco) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e 11 pessoas, entre agentes públicos e particulares que não tiveram os nomes divulgados, foram alvos por suposta prática dos crimes de peculato e lavagem ou ocultação de valores.
Os veículos apreendidos eram de posse ou estavam no nome dos investigados e há a suspeita de que estavam sendo usados para a prática dos crimes. Essas medidas cautelares, segundo o MP, têm como objetivo confiscar os itens como efeito da condenação, garantir a futura indenização ou reparação à vítima do crime, o pagamento das despesas processuais ou das penas pecuniárias ao Estado, além de evitar que o acusado enriqueça indevidamente.
A Justiça autorizou o recolhimento de 92 automóveis, 10 caminhões, cinco motocicletas e cinco máquinas pesadas, além da desocupação de quatro residências – que o Ministério Público requer que sejam utilizadas para projetos sociais de Canoinhas – o depósito em conta judicial dos aluguéis referentes a três imóveis comerciais e um rural.
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No entanto, na sexta-feira, foram apreendidos apenas 51 carros, seis caminhões e três máquinas. Já a desocupação das residências foi posteriormente suspensa por medida liminar.
Três prefeitos presos
Nesta sétima fase da operação, o prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD), e o vice Renato Pike (PL), chegaram a ser presos e a cidade já tem data marcada para uma nova eleição municipal.
Antes disso, os prefeitos de Major Vieira, Orildo Antônio Severgnini (MDB), e de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti (PSL), já haviam sido presos preventivamente. No caso de Severgnini, o ex-prefeito já foi condenado em primeira instância em duas denúncias apresentadas pelo MPSC à Justiça, decorrentes do trabalho realizado na operação Et Pater Filium.
Batizada como Et Pater Filium, a ação teve início em julho de 2020 e investiga uma suposta organização criminosa que teria praticado os crimes de fraudes a licitações e corrupção contra o poder público.
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