A Polícia Civil do Paraná, com apoio das polícias do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, desarticulou uma quadrilha que vendia carteiras nacional de habilitação (CNHs) falsas nas regiões Sul e Centro-Oeste do país. A operação Olaria foi deflagrada na manhã de quarta-feira nos quatro estados e respingou também em Balneário Camboriú. Sete pessoas foram presas em flagrante e outras 10 através de mandado de prisão preventiva.

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Durante a ação também foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Balneário, Maravilha, Xanxerê, Palmas (PR), Clevelândia (PR), Pato Branco (PR) e Frederico Westphalen (RS). Ao todo, 100 policiais civis foram mobilizados para cumprir os mandados. Diversas CNHs falsas foram apreendidas, além de papéis para confecção dos documentos, armas e munições.

Em Balneário Camboriú um homem de 46 anos foi preso em uma casa na Rua Nepal, no bairro das Nações. Segundo o relato do foragido aos policiais da Divisão de Investigações Criminais (DIC), a casa havia sido alugada há poucos dias. Ele e a esposa pretendiam montar um salão de beleza no Centro da cidade.

O suspeito já havia sido preso em 2012 em Bom Jesus por militares do exército na companhia de outro homem, quando trafegavam em uma caminhonete Ford Ranger. No motor do veículo foram encontradas notas de R$ 100 falsificadas, somando a quantia de R$ 40 mil. Os autores foram encaminhados à Polícia Federal em Chapecó.

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O homem de 46 anos foi encaminhado ao Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, onde aguarda recambiamento para o Sistema Penitenciário do Paraná.

Carteiras eram vendidas por cerca de R$ 2 mil

Durante as investigações, a polícia de Pato Branco, com a colaboração dos policiais de Iguatemi (MS), descobriu que a quadrilha revendia as CNHs falsas por um valor médio de R$ 2 mil. O preço cobrado pelo documento podia ser maior dependendo da categoria solicitada.

O inquérito também concluiu que uma empresa de cerâmica era usada como fachada para a atividade ilegal – o suposto escritório deu nome a operação. No local os criminosos negociavam o documento falso, que era chamado de “milheiro de tijolo” para despistar as investigações. Segundo a polícia, os envolvidos no esquema também ostentavam uma boa vida financeira, inclusive divulgando nas redes sociais.

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