Uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (27) pela Polícia Federal que apura desvios de recursos públicos da saúde repassados pela União e pelo estado do Rio Grande do Sul a uma organização social cumpriu medidas em Santa Catarina. Conforme a PF, a ação teve alvos em Florianópolis e São José.

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Durante a operação, o prefeito de Rio Pardo (RS), Rafael Barros (PSDB), foi preso. A cidade fica a 140 quilômetros de Porto Alegre. Outros 14 mandados de prisão foram cumpridos. Foram expedidos ainda 61 mandados de busca e apreensão. Além do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a operação também teve alvos em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Até o fim da tarde desta quarta-fera, a Polícia Federal do Rio Grande do Sul não respondeu à reportagem sobre quais mandados foram cumpridos em Florianópolis e São José.

A Polícia Federal informou que a investigação apura crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, ocultação de bens, crime de responsabilidade e desobediência. O prejuízo estimado é de R$ 15 milhões.

Ainda conforme a PF, o suposto esquema funcionava com o uso de uma OS (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que mantinha contrato na área da saúde com o poder público em cidades do Rio Grande do Sul.

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A força-tarefa que deu origem à operação é formada pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Ministério Público Federal e Ministério Público estadual.

Além dos mandados de busca e apreensão e de prisão temporária, a operação também cumpriu medidas judiciais de sequestro de bens móveis e imóveis, bloqueio de valores depositados em contas dos investigados e de empresas, e afastamento cautelar de funções exercidas por servidores públicos municipais.