Dois homens foram presos em flagrante pela Polícia Militar em uma ação conjunta com a Polícia Civil nesta quinta-feira, após dois roubos no bairro América, em Joinville. Mas estes não seriam os únicos crimes de Jorge Luiz de Souza e Douglas Ribeiro dos Santos. Para a Polícia Civil, eles são responsáveis por cerca de 40% dos roubos a veículos na zona Sul de Joinville.
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A prisão dos homens é resultado de um inquérito aberto em janeiro após roubo a um estabelecimento comercial. Outro envolvido, Douglas Luis Carneiro, já havia sido capturado no primeiro mês do ano. Nesta quinta-feira, durante uma coletiva de imprensa, autoridades policiais anunciaram que esperam que as vítimas de roubos reconheçam os bandidos e procurem a Polícia Civil para que eles sejam punidos por outros crimes e não apenas pelos que resultaram na abertura de inquérito.
O comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar de Joinville, Jofrey Santos Silva, conta que a operação que resultou nas prisões foi feita por uma guarnição extraordinária. A equipe, composta por policiais destacados para atuar em horários e locais específicos, representa uma das ações da corporação para combater diferentes tipos de crime e que permitiram obter resultados como as 137 recuperações de carros feitas pelo batalhão no primeiro trimestre, segundo o tenente-coronel.
— Não é um ato isolado. Ele fazem parte de uma rede. Tem uma série de receptadores, de todos os naipes. Eles só estão atendendo à demanda desse comércio. Se eles estão assaltando é porque existem pessoas que alimentam isso, que utilizam desse mercado — diz o comandante, que explica que os carros roubados, em sua maioria, são utilizados em desmanches e clonagens.
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O delegado explica que Jorge já é conhecido das autoridades há muitos anos e que está envolvido numa série de crimes, todos com gravidade. Um destes crimes, diz, ocorreu em 2005, quando Jorge teria participado do sequestro do prefeito de Barra Velha. Quanto ao roubo de veículos, ele diz que o modus operandi é muito parecido na maioria dos casos. Os bandidos aproveitam a vulnerabilidade das vítimas, que estão saindo de casa ou do comércio. Os crimes são praticados por duas ou três pessoas.