A Polícia Civil deflagrou na manhã desta segunda-feira (9) a operação “Gêmeo do Mal”, que apura possíveis crimes de fraude em licitações, organização criminosa e outros delitos relacionados em Imaruí, no Sul do Estado.
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Os policiais cumpriram nesta segunda-feira um mandado de prisão preventiva contra um empresário investigado e sete mandados de busca e apreensão em residências dos suspeitos e em repartições públicas. O homem preso foi interrogado e conduzido ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça, conforme a Polícia Civil.
Dois servidores foram afastados de suas funções públicas com medidas restritivas. A decisão judicial concedida após a investigação da Polícia Civil determinou, ainda, a suspensão de todos os contratos investigados vigentes e pagamentos a receber, além de outras medidas visando o aprofundamento da apuração dos supostos delitos.
A Polícia Civil apreendeu ainda veículos dos investigados, celulares e documentos para instruir o inquérito, incluindo cerca de uma dúzia de processos licitatórios sob suspeita. Os valores envolvidos nos esquemas investigados, em pouco mais de três anos, ultrapassam R$ 3,1 milhões (não corrigidos), segundo a polícia.
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Investigação apura suspeitas de organização criminosa em licitações

O inquérito policial que apura o caso iniciou há cerca de quatro meses e identificou suspeitas de que os envolvidos teriam articulado uma organização criminosa para subtrair recursos públicos por meio de fraudes em licitações, superfaturamento de serviços e obras, prestação insuficiente ou deficiente dos trabalhos contratados, descumprimento de obrigações dos editais, entre outras irregularidades.
Além desses crimes, a Polícia Civil aponta que há indícios de prática de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa.
O empresário alvo do mandado de prisão, segundo a investigação, é suspeito de atuar com apoio de agentes públicos para monopolizar licitações por meio de sua empresa e propiciar o enriquecimento ilícito dos envolvidos. Um servidor público que atuou nas comissões de licitações, inclusive, foi identificado como sendo “sócio oculto” da pessoa jurídica utilizada pela organização criminosa, de acordo com a apuração da Polícia Civil.
O nome da operação faz referência ao nome fantasia utilizado pela empresa investigada. A identidade do empresário detido não foi divulgada pela polícia.
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A ação é da 2ª Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (DECOR – Região Sul), em investigação conjunta com a Delegacia de Polícia da Comarca de Imaruí. Aproximadamente 15 policiais civis participaram do cumprimento dos mandados na manhã desta segunda, que contou com apoio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Laguna.
Contraponto
A reportagem tentou contato com a assessoria da prefeitura de Imaruí para comentar a operação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
* Com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil
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